GSM conquista meio bilhão de novos clientes em 12 meses

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A família GSM de tecnologias sem fio ampliou a base em 497 milhões de novos clientes e aumentou sua participação no mercado global para 83%, de acordo com pesquisas da Informa Telecoms & Media.

Ao longo do mesmo período, o CDMA também agregou quase 50 milhões de clientes, enquanto outras tecnologias recuaram, entre elas o TDMA e tecnologias analógicas. Na América Latina e no Caribe, o GSM agregou mais de 83 milhões de assinantes até setembro, representando um crescimento anual de 79%. O CDMA registrou 9,6 milhões de clientes e a iDEN atraiu mais de 900 mil clientes no mesmo período.

De acordo com Erasmo Rojas, diretor para América Latina e Caribe da 3G Americas, entidade que apóia a indústria sem fio nas Américas, o GSM deve crescer substancialmente no Brasil no início de 2007, com a adoção, por parte da Vivo, da tecnologia GSM, devido às facilidades que a tecnologia proporciona?.

Eva Benguigui, analista de pesquisa para a América Latina da Informa Telecoms & Media, avalia que antes do fim do ano será atingida a marca de 200 milhões de assinantes GSM na América Latina e no Caribe. A região é vista com um dos principais mercados para o crescimento futuro, com uma base de clientes GSM de praticamente 189 milhões em setembro de 2006.

A principal razão para o crescimento do GSM, segundo a 3G Americas é a flexibilidade do caminho de evolução para a próxima geração de serviços de dados em alta velocidade, que incluem a tecnologia EDGE, atualmente incorporada nos planos de 250 operadoras do mundo. Atualmente, 179 operadoras em 94 países já oferecem serviços comerciais EDGE, entre as quais 54 operadoras em 21 países da Americas. Na América Latina são 31 operadoras de 18 países.

O GSM aumentou a sua participação de mercado para 53% de todos os clientes sem fio no ocidente, comparado com 41% no final do terceiro trimestre de 2005, ganhando 12 pontos percentuais de participação. A participação de mercado do CDMA recuou de 36% para 33% até setembro. O TDMA encolheu de 16% para 8% e a iDEN mostrou uma queda de participação, de 5,5% para 5,3%.

Na América do Norte, o GSM atraiu 18,8 milhões de novos clientes nos 12 meses findos em setembro, uma taxa de crescimento anual de 25% no ano. Esse número pode ser comparado com o CDMA, que atraiu quase 12 milhões de novos clientes, e os 3,7 milhões de clientes da iDEN.

?Os índices mostram que 2006 será um ano histórico para tecnologias móveis sem fio", disse Chris Pearson, presidente da 3G Americas. ?Praticamente 500 milhões de novos clientes GSM foram agregados nos 12 meses até setembro, e as vendas globais de terminais devem chegar à marca de 1 bilhão até o fim do ano. Os serviços 3G estão em franco crescimento, com a divulgação praticamente a cada dois dias de uma implementação 3G por uma operadora GSM, com mais de 100 milhões de clientes UMTS/HSDPA previstos para o final de 2006."

Hoje, a família de tecnologias GSM (GSM, GPRS, EDGE, UMTS e HSDPA) contabiliza mais de 21 bilhões de clientes em 221 países. A participação de mercado GSM continua crescendo no mundo inteiro, e o crescimento no Ocidente tem sido excepcional. O UMTS tem 142 operadoras em 61 países oferecendo serviços comerciais. O HSDPA, uma evolução do serviço UMTS, teve seu primeiro lançamento comercial apenas 11 meses atrás e hoje 72 redes comerciais estão operando no mundo inteiro, em 41 países, com outras 56 redes planejadas ou em fase de testes.

?Com a capacidade de transmissão de dados e o desempenho das redes sem fio de alta velocidade baseadas em EDGE e HSDPA, as operadoras GSM estão gerando alguns das maiores índices para receitas de dados no mundo?, afirma Pearson. ?Muitas operadoras GSM estão reportando receitas com serviços de dados sem fio que representam mais de 10% da receita média por usuário (ARPU).?

Ele cita como exemplo a Cingular Wireless, a qual divulgou que o ARPU para dados no terceiro trimestre representou 12,7% do ARPU total para serviços sem fio, um aumento de 46% comparado com o terceiro trimestre de 2005. A T-Mobile dos EUA, por sua vez, anunciou que as receitas de serviços de dados no mesmo período representaram 11,3% do ARPU total, comparado com 8,3% no ano anterior.

Já Rogers Wireless, do Canadá, informou que o ARPU para dados no terceiro trimestre representou 10,5% de toda a receita sem fio naquele trimestre. Além disso, a Telcel, do México, terminou o período atribuindo 13% das suas receitas aos serviços de dados, e prevê uma participação ainda maior.

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