O ano de 2007 apresentou recorde de vendas de PCs no Brasil, com um aumento acelerado dos notebooks, superior a 100% se comparado a 2006. E 2008 não será diferente, segundo as previsões da fabricante de chip Intel. Seguindo a tendência deste ano, a empresa acredita que o mercado brasileiro de PCs terá um aumento entre 25% a 30%, chegando a cerca de 13 milhões de unidades vendidas. O cumprimento da previsão, no entanto, depende da manutenção das atuais condições econômicas, de acordo com a fabricante.
As razões que devem continuar impulsionando da venda de PCs no mercado são, principalmente, o dólar barato, a maior disponibilidade de crédito, o crescimento da renda, a concorrência entre as empresas do setor e a demanda reprimida nas classes econômicas C e D. "Percebemos que os usuários que já tiveram a experiência do primeiro computador sentem a necessidade de adquirir produtos com mais funcionalidades e maior poder de processamento, e os preços em queda acentuam ainda essa tendência?, analisa Elber Mazaro, diretor de marketing da Intel.
Já nas classes A e B, a tendência de segmentação se consolida, segundo ele, uma vez que esses consumidores pedem por produtos direcionados às necessidades específicas, como PCs dedicados a jogos, educação, centrais de mídia ou entretenimento, público infantil ou uso profissional.
A previsão da Intel é que os notebooks devem bater novos recordes, com vendas estimadas em 2,8 milhões de unidades, correspondendo a 21% do total de PCs comercializados. A mobilidade continuará na pauta das empresas e consumidores domésticos. Em 2008, o Brasil se deparará com um crescimento exponencial de dispositivos móveis, cada vez com funções mais avançadas de multimídia, avalia a empresa.
A Intel também aposta que algumas tendências irão despontar em 2008 como a aquisição de PCs por meio de canais alternativos, como operadoras de telefonia, e a modalidade de pacote completo de serviços agregado que incluam desde a instalação, acesso à internet e suporte técnico especializado, além do PC propriamente dito.
O grande desafio dos próximos anos será o crescimento da oferta de banda larga na mesma velociadade em que mercado de PCs cresce. Segundo Mazaro, para isso será cada vez mais fundamental o desenvolvimento de uma infra-estrutura adequada, uma forte atuação do governo nesse sentido, definindo as regras e criando condições para os investimentos necessários, além do desfecho dos leilões da terceira geração da telefonia celular [3G] e das freqüências para WiMAX, que definirá os padrões e regras que o mercado deve seguir.
Já no aspecto da comunicação, a Intel acredita que a internet vem se mostrando um veículo cada vez mais poderoso no relacionamento com os consumidores e pretende investir mais de 20% de sua verba anual de marketing em campanhas interativas e de marketing viral que ofereçam conteúdo capaz de prender a atenção do consumidor.
Segundo Mazaro, as empresas que investem em pesquisa e conhecem profundamente seus consumidores, como a Intel, levarão vantagem nesse setor, pois serão capazes de desenvolverem campanhas cada vez mais focadas e atraentes ao consumidor. ?O cenário brasileiro é otimista para o próximo ano. Mobilidade, processadores de núcleos múltiplos e internet banda larga são as bolas da vez. Mas apostamos: 2008 é a ponta do iceberg em muitas áreas para adoção da tecnologia?, finaliza.