Projeto inclusão digital já atende 200 catadores de lixo no Rio

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Cerca de 12 núcleos que englobam 200 catadores de materiais recicláveis da cidade do Rio de Janeiro e de municípios na Baixada Fluminense foram atendidos este ano com ações de inclusão digital pelo projeto Catação-Rio. O programa é patrocinado pela Petrobras com recursos de R$ 1,8 milhão.

O coordenador geral do Catação-Rio, Adauri Souza, explica que a finalidade do projeto é tornar os equipamentos digitais em instrumentos que ajudem os catadores. ?Nós fornecemos a eles não só a ferramenta, que é o computador, como o próprio conhecimento para eles poderem fazer controle de estoque e contábil, por exemplo?, afirma.

Segundo Souza, os catadores receberam cursos de informática básica em outubro e novembro. Neste mês, os computadores estão sendo distribuídos para os núcleos atendidos. A capacitação, explicou ele, não se restringiu a conhecimentos de computação. ?Foram capacitados em cursos de cooperativismo, empreendedorismo e gestão de negócios 120 catadores.?

O atendimento foi expandido posteriormente em cada núcleo, já com uma carga horária menor, e pôde chegar aos 200 beneficiados diretos. As cooperativas atendidas pelo programa estão na Ilha do Governador, nos Complexos do Alemão e da Maré, em Brás de Pina e Duque de Caxias.

Souza acrescentou que todo o apoio em termos de assistência técnica está sendo dado também aos catadores. ?A informática é um pedaço do apoio que o projeto dá aos catadores no processo de profissionalização do negócio?, destacou. ?Isso melhora a qualificação do negócio deles.?

Um dos cooperados é Márcio Neves, da Saraiva Coop, de Duque de Caxias. Ele iniciou o curso de gestão ambiental e pensa em trabalhar como consultor na área ambiental, sem se afastar, entretanto, da atividade de catador. ?Toda a equipe do projeto nos ouve e conseguimos dialogar muito bem?, declarou Neves. ?Todos os meus sonhos estão se tornando realidade agora.?

Segundo Souza, a renovação do projeto está sendo negociada com a Petrobras. Numa segunda etapa, revelou ele, as cooperativas serão legalizadas, tornando-se entidades formais. Além disso, haverá melhoria nas instalações físicas, fornecimento de equipamentos de proteção individual para os catadores, e cursos de assistência técnica e gestão administrativa.

A partir da mobilização das próprias cooperativas, o número de catadores atendidos poderá ser ampliado para até 260. ?A meta é chegar ao final com essas cooperativas formalmente constituídas?, afirmou Souza. ?Com o aumento da captação de material, a renda dos catadores aumentará ainda mais.?

Nos próximos meses, o Catação-Rio prevê a realização de palestras em escolas sobre coleta seletiva e cidadania, com o objetivo de aproximar mais os núcleos de catadores das comunidades onde estão inseridos.

Com informações da Agência Brasil.

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