Fundador do WikiLeaks diz temer extradição para os EUA

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Solto, após ter seu pedido de pagamento de fiança aceito pela Justiça britância, Julian Assange, fundador e líder do WikiLeaks, site que publica documentos confidenciais de governos, disse ter mais medo de ser extraditado para os Estados Unidos do que para a Suécia, onde é acusado de crimes sexuais contra duas mulheres. Assange, que pagou 200 mil libras (cerca de R$ 530 mil) para aguardar em liberdade o julgamento do pedido de extradição feito pela Justiça sueca, disse haver rumores de que ele foi indiciado nos EUA, mas "nada ainda foi confirmado".
Segundo informações do New York Times, o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) está em busca de provas de que Assange tenha participado de uma conspiração para prejudicar o país. O DOJ alega que o fundador do WikiLeaks estimulou o soldado americano Bradley Manning a entregar-lhe, em julho, documentos secretos sobre a Guerra do Afeganistão.
O jornal informa que a Justiça americana quer tentar provar que Assange não foi apenas um receptor dos arquivos, mas que teve participação ativa para convencer o soldado a fornecer os documentos. O governo americano tenta enquadrar o fundador do WikiLeaks nas leis de Espionagem e de Fraude e Abuso em Informática.
Com a aceitação do pagamento da fiança na quinta-feira, 16, Assange aguardará julgamento hospedado no hotel Ellingham Hall, em Suffolk, na Inglaterra, sob vigília de agentes da Justiça britânica. O juiz do caso, Duncan Ouseley, disse em seu despacho que "não há motivos para o réu [Julian Assange] fugir depois de liberado", pois pode "se diminuir perante seus apoiadores".
O governo sueco tentou barrar a requisição de fiança para liberdade condicional de Assange. A Procuradoria-Geral da Suécia entrou, no início da semana, com um apelo formal na Justiça da Inglaterra para impedir a liberação do fundador do WikiLeaks, mas o pedido foi negado pelo juiz Ouseley.
Na saída da corte, Assange demonstrou bastante alívio e satisfação com a forma que seu caso vem sendo conduzido pelo governo britânico, mas que vai continuar lutando pela sua inocência e para "revelar a inexistência de evidências dessa acusação". Com informações do jornal britânico The Guardian.

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