Após uma série de reuniões em março, o Twitter fez uma proposta de compra pelo Instagram no valor de US$ 525 milhões. Logo em seguida, no mesmo mês, os executivos do serviço de compartilhamento de fotos comunicaram aos prováveis compradores a decisão de permanecer independente. Menos de três semanas depois, a compra do Instagram pelo Facebook, por US$ 1 bilhão, foi anunciada e pegou os diretores da rede de microblogs de surpresa.
As informações são de pessoas ligadas ao assunto ouvidas pelo The New York Times. Elas pediram anonimato devido a preocupações com problemas legais, já que foram questionadas sobre ofertas recebidas anteriormente. O procedimento ocorreu no órgão responsável por garantir a integridade e interesse de transações empresariais, o Departamento de Empresas do Estado da Califórnia, a fim de checar se a compra era do interesse dos investidores do Facebook. Na ocasião, a existência de lances recebidos por companhias interessadas antes do Facebook foi veementemente negada.
A oferta feita pelo Twitter contemplava uma parte em dinheiro e outra fração em ações da companhia, similar ao acordo de compra feito pelo Facebook — US$ 300 milhões em caixa e o restante em ações da rede social. Segundo as fontes, os executivos do Twitter ficaram completamente chocados com a notícia, pois a eles não foi dada nenhuma oportunidade de uma contraproposta.
Procurados pelo jornal americano, tanto o Facebook quanto os antigos proprietários do Instagram não quiseram comentar as negociações. O porta-voz do Twitter, Gabriel Stricker, também se recusou a falar sobre o assunto. O Departamento de Empresas do Estado da Califórnia comunicou que não houve nenhuma reclamação sobre o negócio.
Com a queda no valor das ações do Facebook, a aquisição foi concluída em US$ 735 milhões. Analistas preveem receita de US$ 1 bilhão do Twitter no ano que vem. Assim, é provável que o Instagram tenha perdido a oportunidade de se valorizar com a opção pela rede social.