A Symantec divulga as previsões para a segurança virtual para o próximo ano, principalmente a partir do cenário de mobilidade no País, que soma mais de 70 milhões de aparelhos em uso no Brasil. Entre as principais previsões, alerta que nenhuma rede social é pequena ou desconhecida demais para ser ignorada por golpistas e criminosos virtuais e, ainda, que a Internet se tornou palco para a concepção e disseminação de vulnerabilidades online.
Segundo Otto Stoeterau, especialista de segurança da Symantec, é importante que as pessoas entendam que o perigo online pode se esconder em qualquer parte, até mesmo em comportamentos inocentes. "O segredo para qualquer previsão no segmento de segurança virtual é procurar ouvir o sussurro ou ver aquilo que parece estar escondido. Para o próximo ano, enxergo que as pessoas finalmente começarão a agir a favor de suas privacidades online", pontua o especialista.
Veja abaixo as quatro principais tendências:
As pessoas finalmente tomarão medidas para manter suas informações seguras
Durante este ano, questões relacionadas à privacidade foram manchete e serviram para despertar as pessoas e empresas sobre a quantidade de informações compartilhadas pela Web todos os dias e no mundo todo. Por isso, será comum encontrar softwares de segurança – novos ou já existentes – que contemplem a proteção de informações pessoais como uma característica principal do produto. Além disso, como parte da precaução online, a Symantec aponta um aumento no número de usuários adotando codinomes e nomes falsos em redes sociais. Neste contexto, os adolescentes liderarão este comportamento e facilitarão o encontro na obscuridade da Internet.
Nenhuma rede social é pequena demais para ser ignorada pelos criminosos
Qualquer rede social que atraia usuários também chamará atenção dos golpistas e criminosos virtuais. Infelizmente, os usuários não estão protegidos completamente em meios colaborativos, por mais que acreditem estar se relacionando apenas com parentes e amigos. É muito importante que as pessoas sempre sigam as boas práticas de segurança, inclusive nas mídias sociais. Por exemplo, verificar a procedência da rede social antes de oferecer qualquer tipo de informação; manter o nome completo e endereço em sigilo quando acessa um perfil social; e antes de postar qualquer tipo de informação pessoal ou profissional e fotos pessoais pense duas vezes, afinal, nunca sabemos quem está vendo a sua identidade virtual.
A Internet nas coisas se torna alvo das vulnerabilidades
A adoção crescente de dispositivos móveis conectados à Internet é o imã para os cibercriminosos. Este cenário faz com que pesquisadores na área de segurança descubram ataques recentes contra TVs inteligentes, equipamentos médicos e câmeras de segurança, por exemplo, todos conectados à Web. No mundo real, babás eletrônicas foram alvos e houve relato de que o tráfego foi interrompido em um importante túnel de Israel por conta de hackers que teriam acessado sistemas online a partir de câmeras de segurança.
A Symantec também acaba de descobrir que um novo vírus, o Linux. O malware é capaz de atacar uma variedade de pequenos dispositivos habilitados para a Internet, entre eles, roteadores domésticos, conversores de TV Digital, câmeras de segurança e sistemas de controle industrial. Esta descoberta demonstra que o cenário de ameaças virtuais pode estar caminhando para possíveis invasões de qualquer equipamento conectado à Web à Internet, isto é, além de smartphones, tablets e desktops.
Por isso, fornecedores de software de segurança alertam constantemente às empresas e pessoas que além de construírem redes integradas de comunicação e conectividade, é importante que haja a proteção destes ambientes virtuais aliados a comportamentos virtuais seguros. Afinal, qualquer vulnerabilidade basta para uma invasão cibernética.
Aplicativos móveis podem trair o usuário
Os smartphones fazem parte da vida dos usuários, tanto que 48% das pessoas, segundo pesquisa do Norton Report 2013, divulgados em outubro de 2013, dorme com seus dispositivos. A importância é tamanha que as pessoas podem ser facilmente enganadas por eles. Recentemente, a Symantec relatou que um App garantiria, supostamente, a maior quantidade de "curtir" em publicações no Instagram. Bastava que o usuário oferecesse o login e senha a um cibercriminosos russo. Ao todo, mais de 100 mil pessoas não viram problema nenhum neste comportamento. Esta alta confiabilidade dos aparelhos móveis será o foco dos criminosos virtuais em 2014.