Embora muitas empresas tenham consciência da importância da proteção digital, um número significativo ainda subestima a necessidade de capacitar suas equipes, potencializando brechas e aumentando vulnerabilidades. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Grupo Daryus, 15% das companhias no Brasil ainda não investem no treinamento em cibersegurança, expondo operações e dados a riscos cada vez maiores diante do crescente número de ataques hackers. O cenário é ainda mais alarmante quando se observa que, conforme estudo da AX4B, 59% das empresas brasileiras já foram alvo de ciberataques, invasões ou sequestros de dados.
Leticia Deronga, Business Development Manager da Unentel, distribuidora de soluções tecnológicas para o mercado B2B, alerta para a necessidade urgente de investimento em capacitação para prevenir e minimizar os impactos desses ataques. Para ela, a conscientização dos colaboradores é uma das principais barreiras a serem superadas pelas organizações.
"Os ataques cibernéticos estão mais sofisticados e frequentes, e isso requer que as empresas adotem uma postura proativa em relação à proteção dos dados. Mas a vulnerabilidade não se limita apenas à tecnologia, também toca no comportamento humano. Negligenciar o treinamento é uma falha crítica, pois os hackers frequentemente exploram erros simples, como a falta de conhecimento sobre práticas seguras", afirma a executiva.
Ao capacitar as pessoas, as empresas garantem que seus funcionários estejam preparados para identificar sinais de ataques e adotar comportamentos mais seguros no ambiente digital. Isso reduz significativamente as chances de falhas humanas, como clicar em links falsos ou usar senhas fracas, algumas das principais portas de entrada para os hackers.
Uma abordagem integrada, que contemple tanto tecnologia quanto times qualificados, é a chave para uma proteção efetiva contra os riscos cibernéticos, desde a implementação de firewalls e sistemas de proteção até programas de conscientização e treinamentos para fortalecer as defesas internas da organização.
"Empresas que negligenciam essa área podem pagar um preço alto, não apenas em perdas financeiras, mas também em danos à reputação e à confiança dos clientes. Por isso, a proteção cibernética deve ser encarada como uma prioridade estratégica, que envolve tanto as tecnologias utilizadas quanto a capacitação das pessoas que as operam", conclui Deronga.
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