Uma pesquisa realizada pela startup Brota Company, startup do segmento de agricultura urbana da América Latina, sobre o nível de importância dado pelos consumidores às questões ecológicas na hora da compra mostra que 83% dos entrevistados acredita ser essencial ou muito importante que as empresas incorporem iniciativas de responsabilidade ecológica em seus produtos e serviços. A primeira edição do estudo "O Novo Consumo Consciente", indica ainda que 70% dos participantes levam em consideração a sustentabilidade da marca na hora de realizar uma compra.
Ao todo, a pesquisa ouviu mais de 1300 pessoas entre 25 e 45 anos, todas residentes da capital paulista. "O consumidor despertou para as questões ambientais, é possível concluir que uma empresa com responsabilidade ecológica tem muito mais chances de ser a escolhida, algo muito distante de acontecer há alguns anos atrás. É um grande sinal de mudança do olhar da sociedade para o meio ambiente e um recado às empresas que ainda não se movimentam o suficiente para serem consideradas sustentáveis", comenta Rodrigo Farina, CEO da Brota Company.
Além disso, a pesquisa quis saber quanto deixa-se de comprar de uma marca por saber da falta de responsabilidade ambiental dela e o resultado não foi dos melhores. Quase 50% dos entrevistados afirmam não ter deixado de comprar mesmo com essa informação, já 25% dizem que deixaram de fazer isso apenas uma única vez.
Segundo o CEO da Brota, outra conclusão do estudo é que o consumidor se preocupa com o meio ambiente e tem cada vez mais consciência dos impactos gerados pela produção sem qualquer tipo de reparo à natureza, mas ainda não leva tanto esse pensamento para prática quando vai às compras.
"A verdade é que são os fornecedores os principais responsáveis pela adesão ainda tímida por serviços e produtos de marcas responsáveis ecologicamente. As empresas ainda divulgam pouca informação aos consumidores sobre o assunto que, por sua vez, não sabem ao certo quem, quanto, como e se atuam de forma sustentável. De um lado nós, como fornecedores, temos que nos cobrar mais para trabalharmos a responsabilidade ambiental como diferencial de mercado. Por outro lado, devemos incentivar os consumidores a optarem por consumir marcas preocupadas e atuantes na preservação do meio ambiente", diz Farina.
E conclui: "No futuro, acreditamos que as empresas que fabricam de forma sustentável e são ecologicamente corretas irão se destacar positivamente cada vez mais aos olhos dos consumidores. Com mais marcas atuando com esse DNA, os preços também se tornarão mais competitivos e não haverá mais argumentos para alguém não optar por um produto fabricado sem agredir o planeta".