Estratégia de assinaturas digitais da Apple é investigada nos EUA

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O novo aplicativo da Apple para vender assinaturas para versões digitais de revistas e jornais começou a chamar a atenção do governo americano. Segundo fonte ligada ao assunto informou o New York Times nesta sexta-feira, 18, o Departamento de Justiça e a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês) começaram a averiguar o modelo de negócio do novo serviço, lançado na segunda e já alvo de duras críticas do mercado.
As reclamações são oriundas principalmente das editoras e publicadoras por conta das regras impostas pela Apple para a venda das assinaturas digitais. A companhia cobra comissão de 30% sobre cada assinatura e não permite que o serviço seja vendido mais barato em outros locais, como num site próprio.
Outro problema foi a proibição imposta pela Apple à obtenção das informações pessoais dos assinantes pelas editoras, o que as impede de fornecer esses dados aos anunciantes, interessados em vender publicidade direcionada a nichos. Isso, na visão das empresas de mídia, afeta drasticamente os seus modelos de negócios vigentes para a internet, além de dar à Apple o poder de vender espaço para anúncios diretamente, pois esta controlaria os dados pessoais dos leitores.
De acordo com informações do The Wall Street Journal, ao obrigar as editoras a oferecer preços menores em suas lojas virtuais, a Apple pode violar as leis da concorrência dos EUA. O jornal apontou que as condições impostas pela companhia podem ser consideradas anticompetitivas caso fique provado que elas alteram os preços das assinaturas.
A pessoa ouvida pelo New York Times, no entanto, pondera que as investigações do governo americano ainda não tiveram início formal e podem não dar em nada. Mas, conforme aponta o próprio jornal, elas se apoiam em bases estabelecidas pela Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, que também começou a observar as movimentações da Apple no mercado editorial digital, mas também sem caráter formal. Uma fonte próxima ao órgão declarou ao jornal que os órgãos antitruste europeus estão "cuidadosamente monitorando a situação de perto".

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