Internautas brasileiros são líderes na utilização de sites de comunidades

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Além de ser o país onde as pessoas passam mais tempo na Internet, o Brasil é também o lugar onde mais usuários da rede utilizam sites de comunidades. Segundo pesquisa de janeiro de 2008, apresentada nesta terça-feira, dia 18/3, pelo diretor de análise de mercado do Ibope Inteligência, Marcelo Coutinho, durante o World Web Expo Fórum, dos 16,5 milhões de usuários únicos de Internet no Brasil, 78,4% utilizam os sites de comunidades ao menos uma vez por mês.

Proporcionalmente, é o país líder em utilização desse tipo de site. Em segundo lugar, aparece o Japão, com 73,7% (em um universo de 35,2 milhões de usuários de Internet) e a França com 62,9% (no universo de 15,1 milhões de usuários). A pesquisa do Ibope/NetRatings corresponde à audiência domiciliar.

Lan houses

Coutinho também destacou durante a sua apresentação o crescimento da utilização de centros de acesso pagos à Internet, como lan houses e cyber cafés, que são hoje os locais de onde sai o maior número de acessos brasileiros.

Segundo dados do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação, de 2007, 49% dos usuários acessaram à Internet neste tipo de estabelecimento, contra 30% em 2006. O acesso em centros de acesso público gratuitos, embora tenha passado de 3% para 6%, ainda não emplacou, segundo Coutinho, devido à restrição de utilização a sites informativos e educativos.

Confiança mútua

Coutinho acredita que estamos passando de um capitalismo tradicional, no qual um produto se diferencia pelo preço, para um capitalismo colaborativo, composto, além do capital e do trabalho, por idéias e conexões.

Algumas das conseqüências desse tipo de capitalismo seriam a instabilidade do sistema econômico; a fragmentação das mídias e dos modelos de negócios, fazendo com que as métricas antigas não funcionem; a posse do controle das marcas nas mãos do consumidor; a necessidade de encontrar novas maneiras de medir a produtividade; e a erosão da confiança nas instituições, com as pessoas confiando mais em si mesmas.

Ele exemplifica essa última teoria com a pesquisa da Edelman, de 2008, com jovens americanos, a ?Trust Barometer?, que apontou como as fontes mais credíveis de informação em primeiro lugar as revistas (para 62% dos entrevistados), seguidas pela Wikipédia (55%), que é uma plataforma colaborativa. A publicidade de produtos ou corporativa aparece em último lugar, com 22% dos votos dos entrevistados.

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