O terremoto e o tsunami que devastaram a costa japonesa na semana passada, seguidos das explosões na usina nuclear de Fukushima, que resultaram no aumento do nível de radioatividade na região, paralisaram a produção de diversas indústrias, entre elas muitas do setor de eletroeletrônicos.
A tragédia que assola o país asiático, um dos maiores exportadores de componentes e equipamentos eletrônicos do mundo, inclusive para o Brasil, não deve, contudo, produzir reflexos significativos para a indústria brasileira. Ao menos, essa é a avaliação da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), ao comentar o impacto do desastre que arrasou parte do Japão para suas associadas.
A Abinee ressalta que o fluxo de comércio do setor com o país é muito pequeno e as importações de componentes e equipamentos eletrônicos representam somente 5,5% do total registrado em 2010, ou seja, US$ 1,9 bilhão. Deste montante, os componentes elétricos e eletrônicos responderam por 50%.
Segundo a entidade, na análise de cada insumo importado, a eletrônica embarcada respondeu por US$ 223 milhões, o que representa 18% da cifra total de importações dessa categoria de produto; componentes para telecomunicações responderam por 5% desse segmento; semicondutores, por 4%; e componentes para informática, também 4%.
O presidente da Abinee, Humberto Barbato, salienta que é necessário um pouco mais de tempo para que o setor eletroeletrônico analise os os impactos econômicos do desastre japonês com maior precisão. "Neste momento, a preocupação que vem à frente é a situação das vítimas da catástrofe naquele país."
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