A Lenovo anunciou reestruturação organizacional com mudanças nas lideranças a partir de 1º de abril. A mais notável, contudo, é a saída do então CEO da subsidiária Motorola Mobility, Rick Osterloh. Em comunicado nesta sexta-feira, 18, a companhia chinesa não deu maiores explicações, apenas dizendo que o executivo optou por deixar o cargo de chairman e presidente da Motorola. Essa posição passará a ser ocupada por Aymar de Lencquesaing, que acumulará ainda a função de copresidente da divisão de dispositivos móveis da Lenovo (MBG, na sigla em inglês) ao lado de Xudong Chen, posição também anunciada nesta sexta.
Embora tenha anunciado em janeiro que irá deixar de usar a marca Motorola até o final do ano, Lencquesaing ficará responsável pela atuação global do time da Motorola Mobility, que "continuará a capacitar toda a divisão MBG, incluindo a China" – ou seja, focará na marca Moto, enquanto Xudong Chen será responsável pelo foco no mercado chinês, o que provavelmente significa maior foco na marca Vibe. Lencquesaing já atuou no comando da Lenovo na divisão da Europa, Oriente Médio e África de fevereiro de 2014 a abril de 2015, quando passou então à posição de presidente da companhia para a América do Norte, cargo que ocupou até este momento.
A Motorola foi adquirida do Google pela Lenovo no começo de 2014 em uma transação de US$ 2,91 bilhões. Durante todo esse período, Osterloh esteve à frente da divisão, sendo responsável pelo lançamento do Moto G, um dos smartphones mais vendidos do Brasil, e do Moto X.
Mais reorganização
Não é a única mudança na fabricante chinesa. Conforme antecipado por este noticiário na semana passada, a divisão de PCs foi anexada à de dispositivos inteligentes, que incluem tablets, phablets, conversíveis (laptops que se transformam em tablets), games e produtos de casa conectada, todos baseados nos sistemas operacionais Windows, Chrome e Android. Não é claro qual ponto (qual tamanho de tela, marca adotada) caracteriza a distinção que a Lenovo faz entre smartphones e phablets, mas o fato é que estão em divisões diferentes. A nova área será liderada por Gianfranco Lanci, que é presidente e COO do Lenovo Group, mas que continuará a reportar ao chairman e CEO da Lenovo, Yang Yuanqing.
Já a divisão corporativa agora é "Data Center Group", visando acelerar abordagem focada em parcerias e tecnologia aberta. O presidente da área será Gerry Smith, com Peter Hortensius como CTO e diretor de estratégia, embora continue no cargo de CTO do grupo Lenovo enquanto não for nomeado um sucessor. A divisão de serviços de cloud virou Lenovo Capital and Incupator Group, mantendo o diretor George He. Com a necessidade de diferenciar a estratégia de dispositivos e cloud, a equipe relacionada às funções na nuvem passará para o grupo de Data Center.
Em comunicado, o CEO Yang Yuanqing afirmou ter conseguido "resultados sólidos" em 2015 com a integração das áreas de sistemas e da Motorola. No último balanço financeiro, entretanto, divulgado em novembro do ano passado e referente ao segundo trimestre do ano fiscal 2015-2016, a companhia registrou prejuízo de US$ 717 milhões. "Agora precisamos acelerar ainda mais nossa transformação em uma companhia centrada no cliente", diz. "As mudanças anunciadas hoje resultarão em nossos sucessos, entregando rapidamente essa transformação e, enfim, levando a Lenovo a uma nova fase de crescimento".
Noticia importante mas a LENOVO não informa como fica a estrutura no Brasil ! Incrível como a marca MOTOROLA com um século de sucesso no mundo , sinônimo de "radio mobilidade", deixará de existir ! Além disso várias novas marcas confundirão o mercado.Porque não priorizam a imagem da própria LENOVO como "tecnologia chinesa",que além de maior população se transforma em "maior economia do mundo" ? A Alemanha soube explorar o conceito de "qualidade alemã" conquistando o mundo industrial por várias décadas até os dias atuais!