Demanda por alta conectividade impulsiona modelo de hubs de serviços

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Em uma economia cada vez mais acelerada pelas transformações tecnológicas em curso e na qual as tecnologias digitais já se tornaram um fator estratégico de competitividade e sobrevivência, fica difícil imaginar as relações sociais e de negócios sem os recursos de conectividade já disponíveis e suas aplicações futuras.

A conectividade avançada vai possibilitar a criação e oferta de novos serviços que utilizem uma conexão com a internet cada vez mais rápida e com baixíssima latência. Para acomodar essa demanda, que será crescente, será primeiramente necessário adaptar as infraestruturas de rede para absorver o grande número de dados que vão circular e a adoção de tecnologias habilitadoras como 5G e Wi-Fi6, que já se encontram em operação em vários mercados mundiais, inclusive em projetos piloto no país.

De acordo com estimativa divulgada pela GSMA – entidade representante das operadoras em todo o mundo – , até 2022 a indústria móvel poderá crescer de 550 para 720 bilhões somente na Europa e o 5G já seria 30% de todas as conexões do continente europeu até 2025, que terá reflexos de curto prazo no Brasil.

Nesse cenário de crescimento do mercado, a tendência é que mais provedores de serviços de conectividade avançada passem a integrar esse ecossistema para oferecer soluções inovadoras e assim criar novos negócios para fornecedores, integradores de TI e Telecom, bem como empresas que prestam serviços de outsourcing, com equipes completas alocadas no cliente, que demonstrem expertise comprovada de atuação nesses setores.

Modelo Hub de serviços

Um dos negócios já existente, que se tornará ainda mais promissor com a implantação da tecnologia de quinta geração e que se encontra no radar do mercado é a implantação de Hubs de serviços. A proposta é que esses Hubs funcionem como uma mini operadora em ambientes de alto fluxo de pessoas onde existe um provedor de conectividade interna e múltiplos clientes usuários desta conectividade, como shopping centers, aeroportos e estádios de futebol, entre outros.

Vale destacar que os aeroportos apresentam características perfeitas e ao mesmo tempo complexas em termos de gestão e serviços que se enquadrem às necessidades do seu ambiente. Para viabilizar os projetos será necessário ter uma rede que consiga suportar toda a demanda crescente de informação e entregar disponibilidade, e ainda assim seja transparente ao cliente que está contratando o serviço de conectividade, além de garantir uma estrutura que não irá competir com seu ambiente de TI e ser capaz de garantir a segurança lógica de outros clientes, apesar de estarem no mesmo meio físico.

Impulsionando plataformas tecnológicas "como serviço"

Os Hubs devem impulsionar modelos mais modernos na oferta de tecnologia como propulsor para novos negócios, na modalidade serviços, que combina três elementos básicos: infraestrutura (hardware), software e serviços gerenciados.

Além do 5G, a versão 6 do Wi-Fi também desponta no momento como uma das principais tecnologias habilitadores de serviços de conectividade avançada.  Hoje, para os aeroportos, a oferta no modelo "Wi-Fi as a Service" (WaaS) torna-se a opção ideal, pois dispõe de total segurança, infraestrutura, equipamentos, instalação física e link de internet para este ambiente.  Além disso, ela racionaliza ainda mais os custos com tecnologia, entrega escalabilidade para necessidades futuras e valor não na propriedade do bem, mas pelo uso do recurso, neste caso o serviço como um todo, desafogando muitas vezes equipes enxutas de TI dos clientes para que possam focar em seu negócio principal.

Outra característica robusta do WaaS que pode agregar ainda mais valor aos Hubs, contribuindo fortemente para sua consolidação é transformar a rede em uma enorme vitrine. A captura de insights e informações demográficas dos usuários, obtidas por meio de social login, que nada mais é que uma tela de cadastro para uso da rede sem fio, possibilita que ações de merchandising, boletins, propagandas e informações úteis sejam moldadas conforme os gostos e costumes dos usuários e apresentadas no momento em que eles forem iniciar a conexão, gerando um maior engajamento para com o negócio do provedor.

Hoje o conceito "experiência do usuário – UX", na tela do celular se consolidou em um mundo cada vez mais conectado, onde velocidade e informação estão cada vez mais presentes em nossa rotina de vida. Ter redes que se utilizam de IA (Inteligência Artificial), aprendizagem de máquina e técnicas de ciência de dados voltados para a otimização da experiência desses usuários, não somente entregam conectividade Wi-Fi, mas se tornaram uma ferramenta poderosa de marketing e aplicações. E como estamos tratando de armazenamento, transporte e coleta de dados pessoais, é primordial buscar a conformidade na questão da segurança, adotando políticas robustas e respeitando as bases legais previstas na LGPD.

Renato Simões, account manager no Grupo Binário.

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