Hoje existe tanta propaganda com relação a diferentes tecnologias de armazenamento que pode ser um desafio manter-se informado e, mais ainda, tomar uma decisão quanto à opção certa para a sua empresa. Além disso, você precisa gerenciar as pressões decorrentes de necessidades comerciais, necessidades de desempenho do armazenamento, proteção de dados, crescimento dos dados e restrições de recursos, entre outros.
Posso parecer um defensor da velha escola de TI, mas esse não é realmente o caso. Hiperconvergência, flash e nuvem certamente têm seu lugar, mas o que estou tentando dizer é que toda a propaganda que os cerca é suficiente para fazer crer que cada um deles seja a melhor coisa desde a turnê de reunião do The Police, ou seja, que cada um tem o poder de ser o alfa e o ômega na existência do data center.
Mas antes que você vá na onda de qualquer um deles, vale a pena investir algum tempo na avaliação de cada tendência e determinar se é de fato a opção certa para o seu ambiente, fazendo-se algumas perguntas-chave antes de aderir.
Hiperconvergência
A hiperconvergência é uma solução de infraestrutura de software que reúne recursos de computação, armazenamento, rede e virtualização em recursos comuns. A promessa é de tecnologias integradas que fornecem uma única exibição para o administrador. Isso torna mais fácil implantar, gerenciar, expandir e prestar suporte a um ambiente, visto que tudo está inter-relacionado.
Questões a serem levadas em consideração antes de aderir:
- Como são as cargas de trabalho de suas máquinas virtuais?
- Todas elas têm requisitos de recursos semelhantes, ou algumas máquinas virtuais exigem mais do que outras?
- Suas necessidades de recursos (CPU, memória, armazenamento etc.) crescem uniformemente, ou alguns recursos estão crescendo mais rápido do que outros?
Armazenamento em flash
O armazenamento em flash existe há anos, mas cresceu bastante nos últimos anos, em grande parte devido aos avanços tecnológicos e a uma drástica redução de custos. O flash garante melhor desempenho, maior durabilidade, melhor refrigeração e fatores forma mais densos. Isso levou à alegação de que os discos rígidos são coisa do passado e que o flash é tudo o que você precisa em seu data center.
Questões a serem levadas em consideração antes de aderir:
- Você precisa de alto desempenho em todo o seu ambiente?
- Como é o crescimento de sua capacidade e como ele se compara com o crescimento do desempenho?
- Seus aplicativos poderão de fato aproveitar o flash?
- Seu orçamento é suficiente para o armazenamento em flash de todos os aplicativos?
Armazenamento na nuvem
Durante anos, as pessoas vêm falando sobre a nuvem e se a solução correta é a nuvem privada ou a pública. Para o nosso intento, vamos nos concentrar nas nuvens públicas. Nos últimos anos, testemunhamos a adoção da nuvem pública por mais empresas como parte de seu ambiente de armazenamento de dados. A promessa inclui permitir que as empresas acessem seus dados em qualquer lugar, o que libera recursos de TI, proporciona escalabilidade para expandir os negócios e reduz os custos de TI, para citar apenas algumas vantagens. Isso levou à conclusão de que tudo deveria ser migrado para a nuvem, e que manter o armazenamento local não é mais a solução ideal.
Questões a serem levadas em consideração antes de aderir:
- O que acontece quando ocorre uma interrupção, seja resultante do provedor de nuvem ou de sua conexão com ele?
- Você dispõe de largura de banda suficiente para prestar suporte?
- Como gerenciar a segurança de seus dados e garantir a proteção contra ataques?
Essas são, é claro, apenas algumas das tecnologias de armazenamento em alta no mercado. Que a verdade seja dita: é provável que cada uma delas tenha seu lugar em quase todos os data centers. Até que ponto cada uma delas se adéqua ao seu data center é algo que você deve determinar. Só porque uma nova tecnologia resolve certos problemas no data center não significa que ela solucionará todos eles. Compreender os seus problemas e objetivos comerciais é a melhor maneira de ver além das novas tendências de tecnologia e reconhecer como e onde elas podem ser melhor aproveitadas.
James Honey, gerente de marketing de produto sênior da SolarWinds.