Estudo revela que gestão de TI ainda é incipiente no país

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Pesquisa realizada, durante os meses de abril e maio, pela MBI-Mayer e Bunge Informática em parceria com a 5A Consultoria em Gestão, traz um diagnóstico da área de TI dentro das organizações brasileiras, sob o ponto de vista dos responsáveis por sua gestão, os CIOs.

O estudo, intitulado de ?Práticas Brasileiras & Tendências no Portfólio Management de TI?, utilizou metodologia qualitativa e coletou informações com 1,5 mil profissionais da área. Os coordenadores da pesquisa, Carlos Perobelli, diretor de operações da 5A Consultoria em Gestão, e Roberto Carlos Mayer, diretor da MBI, explicam que Portfólio Management , ou gerência de portfólio, é a maneira de selecionar o conjunto ideal de projetos, organizá-lo e de administrá-lo levando em conta os objetivos estratégicos da empresa.

Os resultados da pesquisa demonstram um nível elevado de consciência sobre a importância do Portfólio Management nas organizações. Cerca de 53,2% dos entrevistados consideram o tema importante e 43,5 % o consideram crucial para as empresas. Porém, quando o assunto é implantação da metodologia, 61,3% dos consultados admitem ainda não tê-la implementado, contra 38,7% que já a possuem.

Dentre aqueles que já implantaram a metodologia, 44% consideram prioritário o aspecto econômico-financeiro, 24% acreditam que o checklist é o mais importante, 20% o mapeamento e 8% consideram a otimização.

No que diz respeito à execução do Portfólio Management, a conclusão é que ainda não existe modelo consolidado no Brasil. Quarenta por cento dos pesquisados responderam que a execução cabe ao CIO, 24% disseram que ainda estão em processo de implantação, 21% responderam que a execução cabe ao PMO da área de TI, 10% declararam que ela é feita pelo PMO corporativo e 5% por outra área da empresa.

Quanto à integração entre os métodos das várias áreas da empresa, 48,4% responderam que existe alinhamento total entre as parte, 46,8% têm alinhamento parcial e 4,8% têm a gestão de TI independente do restante da empresa.

A pesquisa constatou também a periodicidade da revisão conjunta entre as áreas de TI e de negócios, apontando que 12% realizam mensalmente, 9,7% a cada trimestre, 8,1% eventualmente, 6,5 % uma vez por ano e 3,2 % a revisam a cada seis meses.

Com relação à prioridade nos projetos, os entrevistados deram notas de 1 a 10 para cada item. Como resultado o alinhamento com a estratégia obteve 8,3 pontos; os retornos tangíveis ficaram com 7,8; a capacidade de execução obteve 7,2; o desejo da alta administração ganhou 7,1, os retornos intangíveis ficaram com a nota 7 e os riscos de implementação ficaram com 6,7 pontos.

A principal constatação da pesquisa, porém, é que dentro de dois anos, haverá um grande número de empresas já utilizando as técnicas de Portfólio Management: 22,6% responderam que de seis a doze meses já terão seus processos implantados, 22,6% já estão em processo de implementação e 16,1% dos entrevistados estimam em um ou dois anos para isso ocorrer.

A pesquisa também revelou que o uso limitado de recursos externos precisa ser balanceado de acordo com o nível de maturidade do conhecimento disponível internamente. Vinte e quatro por cento utilizam somente recursos internos, 22,6% usam recursos internos com apoio de consultorias especializadas, e 19,4 % recorrem a recursos internos com apoio de consultores externos.

Quanto ao prazo para aquisição de ferramentas de software, houve um índice significativo de desconhecimento: 22,6% já têm várias ferramentas implantadas, 22,6% pretendem adquiri-las no prazo de um a dois anos, 21% em seis ou 12 meses, 3,2% estão em processo de aquisição e 1,6% levarão mais de dois anos para adquiri-las.

Em relação à metodologia formal de gestão de projetos, 53,2% declararam que já utilizam e 46,8% responderam que não usam. Apesar disso, 38,7% dos entrevistados responderam não ter nenhum profissional alocado para o escritório de projetos; 24,2% disseram ter um ou dois profissionais; 16,1% utilizam três ou quatro profissionais; e apenas 8,1 % têm mais de quinze profissionais. Além disso, 8,1% dispõem de cinco a oito profissionais e 4,8% dizem trabalhar com um número entre nove e quinze em seus escritórios de projetos.

Segundo os organizadores da pesquisa, com a coleta das informações foi possível concluir que o Portfólio Management de TI está quase incipiente no Brasil, restrito a apenas uma pequena quantidade de empresas e em dois anos esse quadro tende a mudar, com a implementação dentro das organizações.

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