O grupo chinês de comércio eletrônico Alibaba chegou a um acordo para recomprar uma parte da participação acionária de 40% que o Yahoo detém na companhia. As informações são de pessoas ligadas ao assunto ouvidas pelo All Things Digital, blog de tecnologia ligado ao The Wall Street Journal. O acordo ainda deve passar por aprovações de praxe e a previsão é que seja anunciado na próxima segunda-feira, 21. O Yahoo vai vender metade da participação acionária ao grupo chinês por cerca de US$ 7 bilhões. A participação do site americano na companhia chinesa está avaliada em US$ 35 bilhões. Para efetivar a compra, o Alibaba está em busca de financiamento.
A transação deve ter taxa de aproximadamente 35% por se tratar de um negócio de longo prazo. Com o dinheiro obtido com a venda da participação acionária, o Yahoo pretende recomprar suas ações que estão distribuídas no mercado. O conselho de administração não descarta também a distribuição de dividendos aos acionistas, mas não é certo se o aporte para isso virá da mesma fonte de recurso.
Como parte do contrato, dizem as fontes, está a abertura de capital do Alibaba, prevista em cláusula e com prazo definido para acontecer. Os executivos asiáticos já deram indícios nesse sentido e o acordo seria um tiro certeiro para finalizar esse processo. Em troca, o Yahoo concordou em revender um quarto de suas ações quando o IPO acontecer. Com isso, o site ficaria com apenas 10% de participação na empresa chinesa, com liberdade para venda do restante a qualquer momento após a abertura de capital.
Se, de fato, for concretizada, a transação porá fim a uma das relações societárias mais conturbadas entre empresas de tecnologia. Desde o início do declínio do Yahoo, os executivos discutem a venda da empresa e o fim das relações com o Alibaba. De acordo com as pessoas ouvidas pelo jornal, o CEO interino do Yahoo, Ross Levinsohn, não esteve envolvido nas negociações – mas poderia ser beneficiado por suas consequências, especialmente com uma alta nos papéis da empresa.