O LinkedIn, maior rede social on-line destinada ao relacionamento profissional, anunciou nesta quarta-feira (18/6) que recebeu um aporte de capital de US$ 53 milhões de um grupo de investidores de risco capitaneados pela Bain Capital Ventures. Com o novo subsídio, o valor de mercado da empresa passa a ser avaliado em mais de US$ 1 bilhão, o que a coloca no seleto grupo de companhias de internet com capital na casa do bilhão.
A avaliação é maior que os US$ 580 milhões que a News Corp., do magnata australiano da mídia Ruper Murdoch, pagou pelo MySpace, em 2005, e que os US$ 850 milhões pagos pelo AOL pelo site de relacionamento americano Bebo, embora inferior aos US$ 15 bilhões de valor atribuído ao Facebook no ano passado, quando a Microsoft desembolsou US$ 240 milhões por uma mísera participação de 1,6% no site de relacionamento.
?O aporte representa 5% do capital da empresa, o que resulta numa avaliação pre-money no valor de US$ 1,015 bilhão?, afirmou Dan Nye, CEO do LinkedIn. A avaliação pre-money é o valor acordado entre a empresa e o fundo de capital de risco e que determina quantas ações este terá como retorno do dinheiro investido.
Perguntado se tem mantido conversações sobre uma possível venda do LinkedIn para um grande grupo de mídia, Nye admite que manteve discussões com um ?elenco de personagens? do setor, mas adianta que a companhia decidiu continuar operando de forma independente devido ao ?seu significativo potencial de crescimento?.
"Queremos criar uma ampla ferramenta de negócio que seja utilizada por dezenas de milhões de profissionais todos os dias para torná-los melhores no que fazem", disse Nye ao jornal americano New York Times. Segundo ele, a média de idade do usuário do LinkedIn é 41 anos, época na vida em que as pessoas são menos propensas a construir as suas identidades digitais em torno de datas, festas e fotos, numa alusão à qualificação dos seus usuários.
Lançado em 2003 por Reid Hoffman, um veterano da internet, dono da empresa de pagamento on-line PayPal, o LinkedIn tem atualmente 23 milhões de membros e recebe mais de 1 milhão de novos usuários a cada mês. Embora a sede da empresa fique no Vale do Silício, na Califórnia, segundo Hoffman, ela é a maior rede de relacionamento profissional também na Europa.
Recentemente, o LinkedIn lançou um novo produto, denominado Grupos de Companhias, que reúne todos os empregados de uma empresa em um fórum privado. Os empregados podem fazer perguntas uns aos outros, compartilhar e discutir notícias e artigos sobre sua indústria. Agora, o site de relacionamento tem planos de adicionar mais funcionalidades, como uma agenda de grupo, e permitir que desenvolvedores de software independentes (ISVs) colaborem uns com os outros na realização de seus projetos.
?A idéia é permitir que as empresas explorem as conexões sociais, institucionais e as competências específicas dos empregados, principalmente daqueles que estão geograficamente dispersos, o que, muitas vezes, é extremamente difícil de ser feito em algumas organizações, finalizou.