A GVT encerrou o segundo trimestre com receita líquida de R$ 234 milhões e 1,1 milhão de linhas em serviço. O resultado representa crescimento de 28,3% em relação ao mesmo período de 2006, quando a receita foi R$ 182 milhões. O Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) aumentou 39,3%, atingindo R$ 82,5 milhões com uma margem de 35,3% ?? 2,8 pontos percentuais acima da registrada no segundo trimestre do ano anterior. O lucro líquido da companhia no fechamento do trimestre foi de R$ 43,1 milhões, contra um prejuízo líquido de R$ 62,2 milhões em igual período do ano passado.
"Combinamos expansão da rede e oferta de pacotes de serviços diferenciados em relação à concorrência para crescer com rentabilidade", explicou o presidente da GVT, Amos Genish.
A empresa desencadeou um plano para acelerar o crescimento desde que abriu capital, processo concluído em março deste ano. O investimento realizado no trimestre foi de R$ 97,3 milhões, contra R$ 40,5 milhões no mesmo período do ano passado, o que representa uma elevação de 140,2%. Os planos da empresa envolvem manter o alto nível de investimento ao longo de todo o ano para endereçar suas ofertas a áreas onde existe demanda por serviços avançados de telefonia e internet, inclusive fora da região original de atuação que envolve Sul, Centro-Oeste e parte do Norte do país.
Outro componente do crescimento será o lançamento de novas linhas de produtos na área de entretenimento para o mercado de massa e de serviços diferenciados para o mercado corporativo ?? as novidades estão em fase de conclusão.
Para reduzir custos, a GVT fechou um contrato de direito irrevogável de uso (conhecido no mercado como IRU) para rota IP internacional com o objetivo de atender o crescente tráfego de internet com endereços IP no exterior. A nova modelagem do contrato, segundo Genish, garantiu uma redução de 70% no custo do tráfego de internet internacional que representa 65% do volume utilizado por clientes residenciais e corporativos da GVT.
Crescimento global
O crescimento, de acordo com o balanço divulgado pela operadora, ocorreu em todos os segmentos de mercado e para todas as linhas de negócio, sendo que na receita relacionada a serviços prestados a usuários finais que possuem linhas fornecidas pela GVT como ligações, a alta foi de 33,8%, e nos serviços de próxima geração como VoIP, ADSL e dados corporativos foi de 81,3%. Isoladamente, a base de clientes que utilizam o Turbonet ? solução ADSL com velocidades de até 10 MB ? cresceu 95,3% em relação a igual período do ano passado. Atualmente, existem 185.756 linhas ADSL, o que representa penetração de 44% na base de clientes residenciais da GVT.
Além da expansão da rede, o quadro reflete a preferência dos consumidores por soluções completas ? 78% das vendas atuais para clientes residenciais, pequenas e médias empresas são de pacotes de serviços Unique e Economix, que reúnem telefonia, internet em banda larga e serviços adicionais. No mercado corporativo, o destaque é o crescimento no mercado de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, que apresentaram 66% de crescimento da receita gerada neste segmento, no período. O provedor de internet POP, do grupo GVT, também apresenta as maiores taxas de crescimento nessa região.
A GVT registrou ainda alta significativa nas receitas geradas pelos serviços baseados em VoIP. Da receita total contabilizada no segundo trimestre, 2,5% ou quase R$ 6 milhões são provenientes dessa linha de negócio, contra 1,2% no mesmo período do ano passado, um crescimento de 166%. O valor das ações da GVT no mercado financeiro saltou do preço inicial fixado em R$ 18 na data de lançamento para R$ 33,95 no fechamento do trimestre. A ação da GVT fechou a R$ 39,99 no encerramento do mercado financeiro da última terça (17/7), representando valorização de 122%.