As vendas de impressoras prosseguem em alta. Nos três primeiros meses deste ano foram vendidos no país 23,3% mais equipamentos, entre modelos a laser e a jato de tinta, que no mesmo período de 2006, segundo o estudo Brazil Quarterly Hardcopy Peripherals Tracker, divulgado nesta quarta-feira (18/7) pela IDC Brasil. ?Chegou-se a quase 900 mil unidades comercializadas no primeiro trimestre?, indica Luciano Crippa, analista da consultoria.
A queda nos preços dos equipamentos e as facilidades de pagamento oferecidas pelos varejistas foram os principais aceleradores do consumo, de acordo com a IDC. O estudo atribuiu ainda o forte crescimento no período a retomada dos investimentos em impressoras pelo mercado corporativo ? que até o ano passado mostrou-se aquém do esperado ? e ao fechamento de novos contratos para a terceirização de impressão.
O aumento nas vendas de impressoras a jato de tinta e a laser (monocromáticas e coloridas) foi equilibrado no trimestre em relação aos primeiros três meses de 2006: 23,6% e 23,8%, respectivamente. Entre os equipamentos a jato de tinta, as multifuncionais são as que estão na mira do consumidor. ?São mais atrativas para o usuário doméstico pelo custo acessível e por reunir recursos com forte apelo, como a conexão para câmeras digitais?, analisa Crippa.
Uma particularidade ocorrida no primeiro trimestre foi a entrada das multifuncionais a laser no varejo, também vendidas com preços menores e planos de financiamento facilitados, o que está levando as pequenas empresas a trocarem suas bases de impressoras a jato de tinta por esses equipamentos mais condizentes com suas necessidades de recursos, velocidade e volume de impressão.
As expectativas da IDC são otimistas para as vendas no segundo semestre, especialmente para o governo, que até o momento se manteve estagnado em suas compras, devendo retomar os investimentos em produtos de infra-estrutura, como impressoras e PCs.
Segundo as previsões da consultoria, até o fim do ano serão comercializadas cerca de 4 milhões de impressoras, levando o setor a um crescimento de 16% sobre as vendas do ano passado. A entrada de novos fabricantes no mercado brasileiro de impressão, como a Positivo e a Olivetti, por exemplo, corroboram a expectativa otimista para o segmento nos próximos anos.