O novo coordenador estratégico do Serpro, Gustavo da Gama Torres, que passou a comandar a área de tecnologia do Serpro, divulgou nesta sexta-feira (17/6), no Congresso da Sociedade Brasileira de Computação, as estratégias da empresa para a retomada de seu programa de pesquisa.
"O conhecimento tecnológico é um recurso escasso. Para sobreviver em um ambiente de incerteza e competição, as organizações precisam inovar", alertou Torres. Segundo ele, inovar é condição fundamental para a sobrevivência da organização e, por essa razão, o Serpro retomou, neste ano, seu programa de pesquisa, desativado há mais de dez anos.
Torres explicou aspectos econômicos e sociais do processo de inovação – conceitos, contextos e dilemas envolvidos – para, em seguida, apresentar as características do Programa Serpro de Pesquisa aplicado ao governo eletrônico.
De acordo com o coordenador, os três focos principais da iniciativa são a integração de sistemas, sistemas em larga escala e tecnologia social, ou seja o redesenho da forma como o governo se relaciona com o cidadão. "Inicialmente estamos fazendo o mapeamento das iniciativas isoladas de pesquisa no Serpro, ao mesmo tempo em que começamos a cooperação com entidades públicas de pesquisa. O próximo passo é a instituição definitiva do programa, que deve acontecer até o final de 2009", informou Torres.
Entre as instituições em diálogo com o Serpro, encontram-se as universidades federais do Pará, de Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro e Brasília, além da USP, Unicamp e ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica).
Nos últimos meses, Torres esteve envolvido em uma disputa interna no Partido dos Trabalhadores pelas diretorias da estatal. Ele chegou a ser cogitado para uma diretoria, mas acabou não assumindo o cargo por pressões de algumas alas do PT, ganhou a coordenação estratégica de tecnologia, que terá por função a "gestão, formulação e coordenação de políticas e diretrizes de tecnologia".