Os sistemas clássicos legados têm ao menos um ponto em comum: estão envelhecendo e, com isso, tornam-se mais vulneráveis. Além disso, os fabricantes fornecem cada vez menos serviços de suporte para essas plataformas. Uma estimativa do Gartner mostra que as organizações podem enfrentar 87 horas de inatividade do sistema por ano, e estima-se que o custo por hora é de US$ 42 mil, o que significa perdas superiores a US$ 3,6 milhões anuais para as grandes corporações.
Segundo a Stromasys, muitas empresas ignoram esse fato a favor de outros trabalhos que parecem mais urgentes. "Quando o hardware legado falha, no entanto, as instituições se arrependem de não ter se planejado, uma vez que o funcionamento do sistema é crucial para o sucesso do negócio", destaca Robert Ruiz, diretor geral da empresa para América Latina e Caribe.
A Stromasys lista alguns motivos pelos quais as instituições não se planejam e outros pelos quais é preciso tomar uma atitude antes que o negócio seja prejudicado. A empresa também enumera as consequências dessa ação e destaca as principais recomendações.
Por que as empresas esperam?
Para o diretor geral, os orçamentos são limitados, e investir mais em sistemas legados pode ser difícil. "Alguns departamentos de TI obtêm peças de reposição e acreditam ser mais barato do que uma solução a longo prazo. Na medida em que o sistema legado continua a ser executado, outras áreas têm prioridade", explica.
Por que não se deve esperar
Empresas de serviços financeiros, por exemplo, podem receber altas multas se uma falha no sistema legado deixá-los sem acesso aos registros que precisam armazenar por um determinado tempo. "Além disso, há o custo de peças sobressalentes e do tempo de inatividade quando o hardware legado falha", destaca o executivo.
As consequências da espera
Segundo Ruiz, à medida em que o hardware legado envelhece, o suporte fica menos disponível. "Muitos especialistas em hardware legado estão se aposentando ou entrando em novos espaços tecnológicos. Com isso, o custo para manter essas plataformas legadas sobe", explica.
Para o diretor geral, ao entender os riscos, as empresas avaliam as opções e se veem diante de três alternativas:
Opção A: manter o hardware obsoleto
"Isso significa estar ciente dos colapsos e ordenar uma peça de reposição o mais rápido possível quando houver uma falha. É preciso, porém, estar confortável com o tempo de inatividade que isso implica", destaca o executivo. A opção é mais aceitável para empresas com baixo custo de tempo de inatividade ou que apenas usam o sistema para capacidade de arquivamento;
Opção B: migrar o software
Segundo Ruiz, as migrações levam anos e exigem reescritas parciais ou completas da aplicação. Além disso, alguma informação pode ser perdida no processo e há retreinamento de funcionários. O tempo, os custos e os riscos envolvidos podem fazer esta opção ser proibitiva;
Opção aconselhável: emulação de hardware
A solução, econômica e de baixo risco, virtualiza o hardware legado, permitindo que aplicações legadas sejam executadas sem modificação em servidores padrão. "Além disso, a equipe de suporte fica disponível para diagnóstico, solução de problemas e manutenção geral", afirma Ruiz. "Com a emulação, as organizações podem melhorar o ROI dos sistemas, manter aplicações de missão crítica em ação, eliminar riscos, reduzir custos e evitar excessos orçamentários. Investir no futuro dos sistemas legados é uma garantia de sucesso contínuo do negócio", finaliza o executivo.