Os Estados Unidos prorrogaram até pelo menos setembro de 2016 o contrato com a Icann (Internet Corporation for Assigned Names and Numbers), organização que administra os endereços de internet, como ".gov" e ".com". Embora já fosse esperado, o adiamento do fim do contrato foi oficializado pelo secretário de comunicação do Departamento de Comércio dos EUA, Lawrence Strickling, por meio de um post no blog da National Telecommunications and Information Administration (NTIA), ligada à Secretaria do Comércio, na sexta-feira, 15.
A justificativa de Strickling é que a comunidade precisa de tempo para concluir o trabalho [de elaborar um plano de transição para que os endereços sejam administrados sob um modelo multissetorial], revisá-lo e avaliá-lo para, então, ser implementado se aprovado, o que fez com que a desvinculação entre o governo americano e a Icann fosse empurrada para meados do próximo ano.
"A comunidade global de vários intervenientes da internet tem feito enormes progressos no seu trabalho para desenvolver uma proposta para a transição do papel que a NTIA tem desempenhado, relacionado ao sistema de nomes de domínio da internet (DNS)" diz o secretário. E explica: "Quando anunciamos nossa intenção em março de 2014 de concluir a privatização do DNS, observamos que o período base do nosso contrato com a Icann para desempenhar funções técnicas relacionadas ao DNS [conhecidas como funções IANA] expirou em 30 de setembro de 2015. No entanto, tornou-se cada vez mais evidente ao longo dos últimos meses que a comunidade precisa de tempo para completar o seu trabalho, ter o plano revisto pelo governo dos EUA e, em seguida, implementá-lo se for aprovado."
Na verdade, não houve consenso sobre a proposta de transição para que as funções IANA sejam administradas sob um modelo multissetorial, o que levou a Icann a adiar para meados do próximo ano o início da transição. Mesmo assim, uma vez definida a proposta de transição, ela terá de ser aprovada pela NTIA, em um processo que pode levar até quatro meses para ser concluído.