Já pensou em ser um desenvolvedor mobile e ter um salário que pode passar de R$ 12.500,00? Com persistência e conhecimento, é possível entrar nesse mundo e criar apps para os mais de 268 milhões de smartphones em uso no Brasil, segundo pesquisa FGV.
Muito promissor, o mercado apresenta salários interessantes, que variam de acordo com a experiência do profissional e a linguagem utilizada. Desenvolvedores iOS possuem uma média salarial maior que os profissionais especializados em Android. No entanto, o ponto positivo que tem levado muitos profissionais a escolherem a plataforma do Google é a versatilidade das linguagens utilizadas (que não se restringem apenas ao mobile) e a maior oferta de empregos.
Os salários dos desenvolvedores de iOS e Android são bem animadores, mas variam de acordo com o local de trabalho e a experiência do profissional. Para os especializados na linguagem Swift do iOS, a média inferior de remuneração fica em R$ 4.100,00, mas o valor pode chegar a R$ 12.500,00. No caso do Android, os salários são um pouco menores, mas mesmo assim continuam bastante expressivos. A média inferior fica em R$ 1.700,00, podendo chegar ao valor máximo de R$10.000,00.
Android x iOS
Vale comentar que o Android é o sistema operacional utilizado por 95% dos dispositivos (celulares, tablets, tv entre outros) vendidos até o final de 2016. A linguagem de programação Java é o principal dialeto utilizado para o desenvolvimento de aplicativos; podemos também destacar o C, C++ e a recém anunciada Kotlin como outros dialetos possíveis para o desenvolvimento. Com o Java além de aplicativos o programador poderá desenvolver projetos para desktop, web ou Internet das Coisas, com todas estas possibilidades
Já os fãs da Apple compraram cerca de 50 milhões de iPhones só no primeiro trimestre de 2017. Sua linguagem Swift, lançada em 2014, é altamente especializada e possui uma oferta salarial mais atrativa, principalmente devido ao número menor de profissionais especialistas no mercado.
Paixão pela criatividade
Ao questionar muitos dos profissionais que trabalham na área sobre o motivo de terem escolhido o desenvolvimento, uma resposta interessante aparece: a possibilidade de criar novos projetos. Quem já trabalhava antes com tecnologia, em áreas de TI, por exemplo, sempre estava às voltas com manutenção dos sistemas legados e raramente aconteciam novos projetos ou novidades. Não existe nada de errado com isso, é claro, mas muitos profissionais sonham com a possibilidade de desenvolver algo novo, trabalhar com a sua própria ideia e ver o seu aplicativo crescer.
Com o desenvolvimento constante da tecnologia, os programadores mobile podem se envolver em projetos cada vez mais arrojados. O que teremos daqui a 5 ou 10 anos no mercado? Não sabemos ainda, mas com certeza iremos depender cada vez mais do mobile. Hoje já existem sites e apps que nos ajudam a perder peso, controlar finanças, meditar ou até mesmo encontrar um banheiro público. No futuro, essas possibilidade serão muito maiores.
Entrar para o mercado de desenvolvimento mobile é entrar para um mundo que une tecnologia, raciocínio e imaginação. É solucionar problemas de forma criativa e estar sempre próximo ao que existe de mais atual. E não existe idade para isso: as habilidades necessárias para ser um profissional da área podem ser aprendidas em qualquer momento da vida.
Outro ponto importante é que este é um mercado que não é exclusivo para quem já trabalha com tecnologia: muitos profissionais de outras áreas estão conhecendo e se apaixonando por essa nova forma de trabalho. O seu conhecimento mais amplo, nesse caso, pode ser vital para criar um diferencial no seu app e conseguir o sucesso.
Por mais que a questão salarial e o crescimento contínuo do mercado sejam dois requisitos extremamente atraentes, eles não são os principais. A área mobile precisa de gente que gosta do novo, que aceita desafios e que deseja resolver problemas para a população. Ser um desenvolvedor mobile é trabalhar hoje já imaginando o que o futuro da tecnologia pode reservar. Garanto que é uma rotina muito interessante.
Roberto Rodrigues, CEO da Quaddro.