Educação, infra-estrutura e governança, são o tripé para desenvolvimento de uma nação e construção do que o jornalista e escritor americano do ?The New York Times, Thomas Friedman, chama de mundo plano. Ele é autor do best seller ?O Mundo é Plano?. Durante passagem pelo Brasil ele deu uma palestra para executivos e deixou vários recados para País e empresários que não quiserem ser achatados.
A grande fonte de inspiração do livro de Friedman foi o outsourcing, que ele começou a investigar nos Estados Unidos, que são os grandes compradores de serviços terceirizados. Só que ele descobriu mesmo que o mundo era plano quando foi para a Índia, onde estão os grande vendedors de outsourcing. Foi durante uma visita a Nandan Nilekani, o presidente da Infosys, que o jornalista começou a analisar o processo de offshore de TI. Nilejani disse a ele que diante da globalização o campo do jogo econômico estava sendo nivelado, mas que os Estados Unidos não estavam prontos para essa disputa.
A partir daí, Friedman começou a investigar a economia indiana e afirma que o país asiático se tornou grande exportador de TI porque soube inovar. Ele diz que quando o mundo é plano é possível inovar. O escritor disse que o Brasil tem muitas qualidades que podem ajudá-lo a se destacar no mercado internacional, mas desde que invista pesadamente nos três itens que considera básico para evoluir: educação, infra-estrutura e governança, além de outros pontos fundamentais para a sobrevivência na economia globalizada.
Um deles é o investimento em ferramentas de colaboração, já que a internet permite hoje que pessoas trabalhem juntas em um projeto espalhadas pelos diferentes lugares. Assim os centros de desenvolvimento de software para exportação podem ter talentos criando aplicações no Brasil, na Índia, China ou em qualquer outro país.
Ele diz que os que vão conseguir sobreviver nessa aldeia global de tecnologia, em que tudo acontece muito rapidamente, são os que forem muito rápidos. ?Se você tem uma idéia, coloque-a em prática rapidamente, antes que alguém faça por você?, diz ele.
Outros que foram grandes adaptadores também terão chance nesse mundo. o jornalista exemplifica com os projetos de outsourcing em que as empresas são moldadas para se ajustar a novas formas de trabalho. Também tem espaço garantido os que são localizadores, ou seja, os que conseguem buscar fornecedores com preços competitivos. O escritor cita o exemplo da montadora que busca peças mais barato nos variados mercados, com contratos no Brasil ou na Alemanha, Estados Unidos etc.
Outro grande recado para as empresas é que comecem a pensar na cor verde, seja no design, na produção, na tecnologia, em fim tudo que fazem. Segundo ele, o futuro é do ecologicamente correto e quem não começar agora vai se atrasar.