A Universidade de São Paulo investiu R$ 200 milhões na construção de uma infraestrutura de nuvem privada, denominada Cloud USP, que será responsável pelo processamento e armazenamento de todas as informações de professores, alunos e funcionários. Prevista para entrar em operação em outubro próximo, a rede consumiu cerca de R$ 120 milhões do total apenas na compra de equipamentos.
O acesso aos serviços na nuvem englobará as áreas administrativa, educacional e científica, e incluirá desde pagamentos, gestão de recursos humanos, gerenciamento de disciplinas e notas, emissão de diplomas e certificados, convênios, contratos, atividades pedagógicas e serviços voltados à investigação científica. As pesquisas terão ênfase no armazenamento massivo de dados e no processamento computacional intensivo.
A entrada em operação da Cloud USP coincidirá com o início do funcionamento do novo sistema de e-mail da universidade. As unidades que usam software próprios de correio eletrônico serão convidadas a migrar para o sistema na nuvem, mais seguro e que permite manter a autonomia na gestão de mensagens. A plataforma possibilitará também o acesso por meio de tablets e smartphones e ferramentas avançadas como pesquisa em anexos, até então inexistentes. Além disso, ela utilizará recursos de ambiente colaborativo, como agendas integradas, listas de tarefas, entre outros.
De acordo com a instituição, a USP é a primeira universidade brasileira a adotar a computação em nuvem. O projeto de implantação durou cerca de um ano e tem como objetivo a economia de recursos.
Com a Cloud USP, os centros de computação foram reunidos em data centers, equipados com um conjunto de supercomputadores que formam a nuvem privada. Cada campi do interior terá seu data center, enquanto a Cidade Universitária em São Paulo abrigará duas unidades: uma no campus e outro em uma área externa próxima. Hoje, as operações são concentradas em São Paulo, Piracicaba, São Carlos e Ribeirão Preto.