Intel e Fapesp recebem propostas para pesquisa acadêmica em criptografia pós-quântica

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A Intel Brasil e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) lançaram nesta sexta-feira, 18, edital para financiamento  de pesquisa acadêmica em instituições de ensino superior e de pesquisa no estado de São Paulo, que tenha como propósito investigar a implantação de hardware em criptografia pós-quântica. O valor total dos recursos não foi divulgado.

A criptografia pós-quântica visa o desenvolvimento de algoritmos de tempo polinomial, que servem para resolver os problemas matemáticos ultra-complexos que permeiam a criptografia moderna de chaves públicas. Ela explora algoritmos de chave pública alternativos que possam apresentar resistência a ataques de computadores quânticos.

As propostas selecionadas terão financiamento de até dois anos, renováveis caso apresentem progresso e comprometimento contínuo na direção da pesquisa. São elegíveis pesquisadores brasileiros de ensino superior vinculados a instituições de pesquisa no Estado de São Paulo. O prazo de inscrições encerra em 13 de novembro e a chamada está disponível no site da Fapesp.

A computação quântica é uma das grandes promessas da tecnologia e uma área em franco crescimento. Na computação clássica, os bits retêm um entre dois estados, "ligado ou desligado", ou "0 ou 1". Já na computação quântica, os chamados qubits podem existir em um ou mais estados simultaneamente. Um computador quântico com n qubits pode suportar 2n estados ao mesmo tempo. O resultado final são computadores com capacidade para realizar cálculos muito mais complexos do que os computadores atuais e em um intervalo de tempo menor.

O uso de computadores quânticos também necessita uma revisão de toda a base de algoritmos e métodos criptográficos existentes. Os sistemas criptográficos atuais são baseados na dificuldade de se resolver equações polinomiais, na complexidade exponencial da fatoração em números primos ou em códigos de correção de erros. Como os computadores quânticos são muito mais complexos do que um computador comum, eles precisarão usar novos métodos criptográficos, chamados de pós-quânticos.

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