As pessoas e as instituições financeiras têm uma percepção muito diferente em relação ao dinheiro, de acordo com o estudo "O Futuro do Dinheiro", encomendado pela Cognizant em parceria com a RED Associates. Três mil entrevistados nos Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido participaram do levantamento e 37% apontaram que questões ligadas a finanças são a maior fonte de estresse em suas vidas, e seguem à frente de terrorismo, saúde, emprego ou responsabilidades familiares. Apenas 19% afirmaram que os bancos possuem entendimento adequado de suas necessidades financeiras e seus objetivos.
Ao todo, 42% dos entrevistados acreditam que as instituições querem "tomar" seu dinheiro. Dessa forma, em vez de enxergarem esse tipo de serviço como uma fonte legítima e confiável de orientação e apoio, os bancos são vistos apenas como utilitários. A grande maioria dos participantes tem a percepção de que os bancos são focados puramente em atividades transacionais: 90% responderam que sua relação com as instituições financeiras é definida por transações simples, como depósitos, extratos etc.
O levantamento mostra que, apesar de as instituições financeiras possuírem uma abundância de dados dos clientes, não conseguem reconhecer as necessidades deles e falham em oferecer produtos adequados ao perfil de cada um. Soluções digitais podem utilizar esses dados para criar produtos personalizados, que se encaixem melhor nas características de cada consumidor.
Segundo a pesquisa, a digitalização pode trazer um aumento de 14,2% no faturamento das instituições financeiras, o que, nos EUA, representaria uma alta de mais de US$ 4,5 bilhões por ano. Esse valor corresponde à diminuição de custos de operação, em 6,2%, e à alta do lucro, em 8%. Os ganhos também podem ser medidos pelo estabelecimento de uma relação mais sólida, com mais confiança entre os consumidores e as empresas financeiras.