Pouco mais de um mês como presidente da SAS Brasil, Cássio Pantaleoni, tem uma missão agressiva de crescer mais de 20% no ano, principalmente se levarmos em conta que no de 2016 a subsidiária bateu recorde em faturamento. No entanto, o executivo que desde 2008 trabalha na empresa, diz que os resultados prévios apontam para novos recordes, pois só no segmento de ferramentas de analytics já atingiu 43% do previsto no primeiro semestre. Mundialmente ela faturou em 2106 US$ 3,2 bilhões.
Ele credita esses resultados ao uso de Analytcis por todas as áreas de negócios, mas também pela estratégia de oferecer soluções para financial crimes, um dos carros chefes da companhia. Ele ressalta também que o "setor público teve atração pela ferramenta, em função da necessidade de transparência e de regulamentações. Ele pode encontrar tudo num único fornecedor".
Outra iniciativa é a ampliação do número de canais e parceiros, que saltou de 12 em 2015 para 40 este ano, ampliando a cobertura geográfica, com abertura de operações diretas no norte e nordeste.
Essa expansão, segundo Pantaleoni, continua em curso. Ele explica que para uma empresa tornar-se parceira da SAS deve ter (além da capacidade financeira de longo prazo) visão e expertise no segmento de negócio onde atua e investir na educação da equipe, um dos pontos chaves da atuação da |SAS mundialmente, incentivada com ênfase pelo seu fundador, Bill Goodnight, em 1976, que investe 25% da receita da empresa.
Inclusive, a SAS Brasil está revitalizando o programa de parcerias com as universidades, tendo fechado recentemente um acordo com o IESB para criar o curso de pós-graduação em Ciência de Dados, de natureza interdisciplinar, que visa formar uma nova geração de especialistas em análise de dados (data analytic).
Em novembro a SAS vai formar as duas primeiras turmas de cientistas de dados, com 25 e 30 alunos cada. A terceira turma vai começar em novembro e está aberta não só para clientes da SAS. O objetivo e reunir não só profissionais de tecnologia, mas também de outros setores, como de recursos humanos e administração.
A empresa também oferece cursos no modelo de EAD com videoaulas on demand. "O Santander organizou, com apoio da SAS, um curso interno de cientista de dados com 60 profissionais inscritos", acrescentou.
Pataleoni reforça também a estratégia adotada pela SAS em ser mais atrativa para a geração millennials, mas afeitas a ferramentas abertas como Phyton, R3, Apache Hadoop, que tem interação natural com a plataforma analítica da empresa.
O serviço de Consultoria crescendo junto aos seus clientes, tendo em vista sua capacidade de estabelecer correlação não intuitiva e executar melhor o tratamento dos dados, nem sempre bem estruturados nas organizações. "Normalmente estabelecemos uma POC, que geralmente tem ganhos de 10 a 20% para os clientes", explica.
Além dos segmentos de financial crimes e governo, SAS tem foco em Finanças, Telecom, Varejo, além de oferecer soluções para áreas promissoras como Saúde, Construção Civil, Transporte e Logística, Cooperativas, Manufatura 4.0 (IoT). Ela também está investindo no agronegócio, analytics tem aplicações para o mercado de commodities, manejo de pastos, produtividade do rebanho, entre outras.
Os serviços na nuvem também fazem parte do portfólio em parceria com a AWS (Amazon Web Services), dentro do conceito de "resultado como serviço". Usando o SAS Cloud Analytics, o modelo permite que as empresas obtenham soluções mais ágeis para suas necessidades de negócios, mas sem a necessidade de fazer investimentos em software, hardware ou em mão de obra especializada.