Heather Adkins, membro fundadora da equipe de segurança do Google, também recomendou aos consumidores que não coloquem informações pessoais sensíveis em suas comunicações online. "Eu exclui todas as cartas de amor de meu marido", disse a milhares de pessoas reunidas no TechCrunch Disrupt 2017, uma conferência de tecnologia em San Francisco, depois de lhes recomendarem "algumas coisas", entre elas o não envio de dados pessoais por e-mail.
Os ataques de rede "podem acontecer a qualquer um … em qualquer lugar", disse Adkins durante uma entrevista no palco. Suas observações acontecem logo após a empresa de monitoramento de crédito Equifax revelar o que pode ser a maior violação de dados da história da internet.
Adkins explicou que os softwares de segurança alimentados por inteligência artificial são ineficientes para conter métodos de ataque da década de 1970, e muito menos os mais recentes.
"As técnicas não mudaram. Sabemos sobre esses tipos de ataques há muito tempo", disse Adkins à multidão, apontando o trabalho de pesquisa de James Anderson em 1972.
A inteligência artificial, segundo ela, produz muitos falsos positivos, o que confunde os especialistas. "AI é bom em detectar um comportamento anômalo, mas também irá detectar 99 outras coisas que as pessoas precisam verificar apenas para descobrir que não foi um ataque", diz Adkins.
Segundo ela, o problema na aplicação da IA em segurança é que o aprendizado da máquina exige feedback "para aprender o que é bom ou ruim … mas não temos certeza do que é bom e ruim", especialmente quando programas maliciosos mascaram sua verdadeira natureza", pontuou.
Quando questionada sobre qual conselho daria às empresas para manter suas redes seguras, Adkins aconselhou "mais talento … menos tecnologia"."Pague alguns engenheiros juniores e peça-lhes que façam nada além de patch", finalizou.