Segundo a consultoria Gartner, até 2028 a adoção da IA implodirá a lacuna de habilidades, eliminando com a necessidade de educação especializada para 50% das posições de cibersegurança de nível básico. Os complementos da GenAI mudarão a forma como as empresas contratam e ensinam os trabalhadores de cibersegurança em busca da aptidão correta e a educação adequada.
A Inteligência Artificial (IA) tem um papel fundamental na cibersegurança moderna, trazendo uma série de benefícios e capacidades avançadas para enfrentar as ameaças digitais. No mundo onde temos ataques sendo gerados por robôs comandados pela IA e outras tantas demandas sendo administradas pelos recursos disponíveis nas empresas, somente a própria IA será um aliado à altura. Abaixo falo um pouco sobre alguns dos benefícios da tecnologia que podem melhorar a eficiência das estratégias de cibersegurança.
Detecção e Resposta a Ameaças – sistemas de IA podem analisar grandes volumes de dados em tempo real para identificar padrões e anomalias que podem indicar uma ameaça. Algoritmos de aprendizado de máquina podem reconhecer comportamentos suspeitos e sinalizar atividades potencialmente maliciosas mais rapidamente do que os métodos tradicionais. Além de poder conter aquela movimentação anômala, sem impacto algum na rede;
Automatização de Tarefas Repetitivas – a IA pode automatizar muitas tarefas repetitivas e rotineiras, tais como: análise de logs e monitoramento de redes, permitindo que os profissionais de segurança se concentrem em questões mais complexas e estratégicas;
Resposta Automática a Incidentes – em caso de detecção de uma ameaça, sistemas baseados em IA podem iniciar respostas automáticas para mitigar o impacto, como isolar uma máquina comprometida ou bloquear um endereço IP suspeito, antes mesmo de um analista humano ser notificado;
Detecção de Fraudes – em setores financeiros e de comércio eletrônico, a IA pode identificar atividades fraudulentas analisando padrões de comportamento dos usuários e transações, ajudando a prevenir fraudes e roubo de identidade. Até 2026, segundo o Gartner, as empresas que combinarem a IA com uma arquitetura baseada em plataformas integradas em programas de comportamento e cultura de segurança (SBCP) experimentarão 40% menos incidentes de cibersegurança causados por funcionários;
Identificação de acessos – a IA pode analisar rapidamente acessos indevidos, criar políticas de acessos, perfis de acessos etc. Hoje trabalhamos com ambientes diversos, múltiplas clouds, impossível monitorar manualmente;
Análise Preditiva – A IA pode usar dados históricos e atuais para prever e antecipar possíveis ataques. Ao identificar padrões e tendências, os sistemas podem oferecer uma visão antecipada das ameaças emergentes e ajudar as organizações a se prepararem melhor. A IA pode unir informações de tecnologias diversas e informar tendencias de ataques, criando formas de defesas e melhorando a estratégia de respostas;
Segurança de Aplicações – A IA pode ser empregada para analisar o código de software e identificar vulnerabilidades potenciais antes que o código seja implementado, ajudando a garantir que as aplicações sejam mais seguras desde o início;
Mas tudo isso não elimina o fator humano. É fundamental que as pessoas entendam que a IA não irá substituir as pessoas, mas será uma aliada. O que precisamos fazer é capacitar essas pessoas para entenderem e trabalharem com a IA extraindo o máximo de sua potencialidade.
Isabel Silva, Security Business Development Director da Add Value.