Representantes da Agência Espacial Brasileira (AEB/MCT) e da Comissão Européia (CE) se reuniram na segunda-feira (16/10), em Brasília, para tratar dos passos em direção à formalização da participação brasileira no sistema de geoposicionamento por satélite denominado Galileo.
A comunicação oficial deve ser realizada por via diplomática e permitirá que o Brasil inicie as negociações com a CE para definir os termos da cooperação. Isso significa escolher quais vertentes o país vai priorizar no empreendimento, entre as possibilidades no campo científico, industrial ou no desenvolvimento de aplicações, por exemplo.
Embora o Brasil tenha acesso aos dados do sistema norte-americano GPS, o projeto europeu se propõe a trazer diferenciais quanto à integridade, confiabilidade e melhor resolução das informações repassadas pela constelação de satélites.
O presidente da AEB, Sergio Gaudenzi, reafirmou que a Comissão Européia, ao investir no Galileo, aposta no crescimento do uso de geoinformação e coloca o uso da navegação por sistemas espaciais como a quarta revolução tecnológica, precedida do computador pessoal (PC), internet e telefones celulares. O primeiro satélite da constelação Galileo, que será formada por 30 deles, já foi lançado para validação do sistema.
Os dados gerados pelo Galileo podem ser de grande utilidade no controle do tráfego aéreo e segurança das aeronaves ou no gerenciamento do transporte rodoviário para evitar o roubo de cargas, um dos usos correntes. Paul Verhoef, diretor da CE na área de Energia e Transportes, ressalta ainda a sua utilização em questões governamentais, como gerenciamento de recursos hídricos e outras características de cada país.
