Por mais um ano, o acesso ao smartphone segue crescendo no Brasil. O dispositivo é o que mais os brasileiros entrevistados tiveram acesso, crescendo de 87% para 92%; em segundo lugar, bem abaixo na pesquisa aparece o notebook, com 70%. Por sua vez, o desktop surpreende e é o equipamento que apresenta maior crescimento.
"De acordo com dados do IBGE-PNAD, no país, o celular já é o equipamento mais utilizado para acesso à internet (95%), tomando a frente do computador (64%). Portanto, falar de telefonia móvel no Brasil é falar de um país continental e regulamentado repleto de oportunidades e com um povo apaixonado pela conectividade, como poderá ser visto nos expressivos – e por vezes curiosos – dados que trazemos neste relatório", ressalta Marcia Ogawa, sócia-líder da indústria de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da Deloitte, ao divulgar nesta quinta-feira, 18, a edição deste ano da pesquisa Global Mobile Consumer Survey, da Deloitte, que entrevistou 2 mil pessoas no país.
Biometria ganha espaço para acesso ao celular
Embora a utilização de PIN e senha ainda sejam o modelo de autenticação mais utilizado (61%), o reconhecimento por impressão digital cresceu fortemente, de 15% na amostra de 2017 para 35% entre os respondentes de 2018. Outras formas de biometria – como reconhecimento de voz, facial e ocular – também registraram aumento no período. E os jovens tendem utilizar mais a biometria por impressão digital – uma combinação de busca por praticidade ao maior acesso a smartphones com esta tecnologia.
Smartphone como ferramenta de trabalho
Cada vez mais o smartphone para fins profissionais fora do horário normal de trabalho com alguma ou muita frequência, segundo revela 60% dos entrevistados do Brasil.. É possível identificar um crescimento da utilização muito frequente do smartphone – tanto no ambiente de trabalho como fora dele – em relação à pesquisa de 2016. Como resultado, a distração com o smartphone durante o horário de trabalho ocorre com alguma ou muita frequência para 43% dos respondentes. Como ferramenta de trabalho, o smartphone é mais utilizado para o envio e o recebimento de e-mails (62%) e mensagens instantâneas para colegas ou clientes (60%).
O inverso também ocorre: 76% indicaram usar muito frequentemente ou frequentemente o smartphone para fins pessoais durante o horário de trabalho, o que também corrobora o dado de que mais de um terço dos entrevistados sente a necessidade de conferir constantemente o telefone, enquanto 30% responderam que não conseguem dormir no horário pretendido ou se distraem com o smartphone ao concluir uma tarefa.
Comportamento
Outros resultados da pesquisa mostram algumas diferenças de comportamento entre homens, mulheres e jovens. Por exemplo: em geral, a aderência de homens e mulheres aos equipamentos é igual – o destaque é um ligeiro aumento na utilização frequente de fitness band por homens (61%) em relação às mulheres (51%). Entre os jovens de 18 a 24 anos, a aderência ao e-reader é maior (45%) do que entre a faixa etária de 45 a 55 anos (26%).
As mulheres (83%) são um pouco mais engajadas no uso do WhatsApp do que os homens (76%). E os aplicativos de namoro, por sua vez, são usados com mais frequência pelos homens (10%) do que pelas mulheres (5%).
Ainda, quanto menor a faixa etária, maior será a propensão a usar um smartphone para assistir a vídeos de posts ou de histórias em tempo real. Quando perguntados se assistiram vídeos de posts/histórias em tempo real pelo smartphone nas últimas 24 horas, entre aqueles que se encontram na faixa etária de 18 a 24 anos o índice chegou a 67%, enquanto que, para o mesmo período, o índice entre os respondentes de 45 a 55 anos, ficou em 46%.
Preferência por 5G
Um item novo incluído na pesquisa desse ano, foi sobre o interesse dos pesquisados sobre o uso da tecnologia 5 G, que deverá chegar ao pais nos próximos anos.
Uma constatação da pesquisa em relação à quinta geração da internet móvel – a rede 5G – é que praticamente metade dos consumidores (46%) declarou o interesse em migrar para esta tecnologia tão logo ela esteja disponível. Em uma análise geográfica, a região Norte do País é que mais tem interesse em migrar para o 5G assim que a tecnologia estiver disponível (58%).
Descarte de celular
A maior parcela dos entrevistados (28%) doou seu celular antigo para um amigo ou familiar quando adquiriu um aparelho novo. As outras atitudes foram guardar (18%) e vender para um familiar ou amigo (12%).
Metodologia da pesquisa
Além do Brasil, a Global Mobile Consumer Survey 2018 foi realizada concomitantemente em outros 21 países: Alemanha, Argentina, Austrália, Bélgica, Canadá, China, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, Holanda, Irlanda, Itália, Japão, Luxemburgo, México, Noruega, Reino Unido, Rússia, Suécia e Turquia.
Para apurar os resultados sobre hábitos de consumo de tecnologias móveis, a Deloitte consultou, por meio de questionários eletrônicos, mais de 40 mil pessoas, de 18 a 55 anos, das quais 2 mil do Brasil.
MOBILE TRANSFORMATION
O impacto da transformação que a mobilidade está ocasionando nas empresas e na sociedade será debatido no Forum Mobile Transformation, dia 13 de novembro, em São Paulo, organizado pela TI Inside.