Brasil segue liderando o ranking de ataques cibernéticos na AL

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Os investimentos e projetos de cibersegurança empreendidos pelas empresas e pelo governo brasileiro estão sendo insuficientes para tirar o País da rota dos ataques cibernéticos. O novo relatório de ataques DDoS da NETSCOUT, empresa líder global em soluções de cibersegurança, mostra em detalhes como está o panorama de ataques cibernéticos no Brasil, na América Latina e no mundo, e nosso país segue como o principal alvo de ataques da região. No primeiro semestre de 2023, o Brasil sofreu 328.326 ataques cibernéticos, ou 41,78% do total de 785.871 ataques sofridos na América Latina.

O Brasil segue líder do ranking de ataques da região, tanto em volume de ataques como em banda, com 919 Gbps. O total de ataques na América Latina teve um aumento de 8% em relação ao segundo semestre de 2022. O principal setor-alvo de ataques no Brasil foi o de telecomunicação sem fio, com 33.846 ataques, desta vez seguido pelo setor de transportes de carga por caminhões (26.005 ataques) e dos servidores de processamento de dados (19.884 ataques).

Além disso, o Brasil tem se tornado uma das principais fontes de ataques, e ocupa o segundo lugar no Top 5 de fontes de ataques DDoS, com 10,3%, atrás apenas dos Estados Unidos, com 26,5%. No mundo, foram cerca de 7,9 milhões de ataques DDoS, um aumento de 31% em relação ao último semestre de 2022, o que representa o número inacreditável de 44 mil ataques DDoS por dia.

Outras descobertas chave do Relatório de Inteligência de Ameaças DDoS do primeiro semestre de 2023 incluem:

• O Aumento de Ataques Carpet-Bombing. Um ressurgimento em ataques carpet-bombing vem ocorrendo desde o começo do ano, com um aumento de 55% para mais de 724 ataques diários, no que a NETSCOUT acredita ser uma estimativa conservadora. Estes ataques causam um dano significativo através da internet global, se espalhando para centenas e até milhares de hosts de forma simultânea. Esta tática muitas vezes evita ativar alertas de limite de largura de banda, comprometendo assim uma possível ação de mitigação dos ataques DDoS.

• Ataques DNS Water-Torture Se Tornam Mais Comuns. Os ataques DNS water-torture subiram quase 353% em ataques diários desde o começo do ano. Os cinco principais setores visados incluem telecom com fio, telecom sem fio, hospedagem de processamento de dados (Data Centers em geral), comércio eletrônico, empresas de vendas por correspondência, e agências e corretoras de seguros.

• Educação Superior e Governos São Atacados de Forma Desproporcional. Os adversários criam sua própria infraestrutura, ou usam diferentes tipos de infraestrutura passível de abusos para lançar ataques. Por exemplo, proxies abertos foram alavancados de forma consistente em ataques DDoS de aplicação-camada HTTP/S contra alvos nos setores de educação superior e governos. Enquanto isso, botnets DDoS apareceram frequentemente em ataques contra governos estaduais e locais.

• Fontes DDoS São Persistentes. Um número relativamente pequeno de nós está envolvido em um número desproporcional de ataques DDoS, com uma média de taxa de rotatividade de endereços IP de apenas 10%, enquanto os atacantes tendem a reutilizar infraestruturas passíveis de abusos. Enquanto estes nós são persistentes, o impacto flutua na medida em que os adversários alternam entre diferentes listas de infraestruturas passíveis de abuso a cada poucos dias.

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