A PAX Aeroportos vai implantar, nos aeroportos de Jacarepaguá e Campo de Marte, um sistema de câmeras de monitoramento com inteligência artificial (IA) capaz de identificar os prefixos das aeronaves e interligá-las com o sistema de tarifação. Baseada em vídeo analytics, a inteligência embarcada no projeto está sendo desenvolvida pela Radix, empresa global de tecnologia, e permitirá a automação de atividades que hoje são realizadas manualmente, como a tarifação das aeronaves. O sistema começará a funcionar em dezembro deste ano.
"A iniciativa faz parte de uma estratégia abrangente de modernização e investimento de infraestrutura em Jacarepaguá e no Campo de Marte, voltados para a aviação de negócios e offshore. O novo sistema se alinha com o que existe de mais moderno no mundo, aumentando a segurança da operação aeroportuária e trazendo mais rapidez e eficiência para o sistema de tarifação", diz Rogério Prado, CEO da PAX Aeroportos. Em 2023, os dois aeroportos somaram mais de 140 mil movimentos de pouso e decolagem. Juntos, correspondem ao quarto maior aeroporto do país em movimentação de aeronaves.
Benefícios para a operação aeroportuária
A capacidade de um monitoramento completo e em tempo real das áreas críticas do lado ar e lado terra dos aeroportos traz uma camada adicional de segurança operacional e patrimonial essencial para a gestão de riscos em ambientes aeroportuários.
"O uso de IA com vídeo analytics aumenta a segurança para a operação de pousos e decolagens com o monitoramento e acionamento em casos de invasão na pista e acesso de pessoas não autorizadas aos hangares. A presença de pessoas, veículos e animais em áreas críticas dos aeroportos é um fator que aumenta o risco operacional, podendo impactar de forma negativa a operação e até interromper pousos e decolagens", explica Paulo Rego, diretor de Infraestrutura e Serviços da Radix.
A solução é formada por dois componentes principais: o Aircraft Identification and Recognition System (AIR) e o Airport Integration and Management System (AIMS). O sistema AIR utiliza tecnologias de reconhecimento óptico de caracteres (OCR) que identifica os prefixos das aeronaves com precisão, integrando esses dados ao AIMS, que por sua vez, agrega essas informações com outras fontes, como câmeras de vigilância e gravadores de vídeo em rede (NVRs).
O projeto garante escalabilidade, modularidade, alta disponibilidade e tem potencial para ser replicado em outros aeroportos do Brasil e do exterior. Nos últimos dez anos, a Radix vem desenvolvendo soluções tecnológicas para outros aeroportos do país, como o Galeão, no Rio de Janeiro, e Confins, em Belo Horizonte, ambos projetos de Building Management System e gestão energética. A empresa também atua em aeroportos internacionais, como o de Los Angeles, na Califórnia, com gestão de tráfego de recursos core para o fluxo de passageiros.