Inteligência Artificial: ameaça ou oportunidade?

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A Inteligência Artificial (IA) vem se inserindo de forma crescente na vida cotidiana, tanto no trabalho quanto na vida pessoal. Apesar disso, muitas pessoas ainda mantêm receios sobre o impacto dessa tecnologia, acreditando que ela possa substituir o trabalho humano ou assumir funções que antes eram exclusivamente realizadas por indivíduos. Embora esses temores existam, a IA tem se mostrado uma ferramenta que complementa as atividades, proporcionando melhorias em eficiência e organização.

No campo do trabalho, o medo de que a automação e a IA substituam empregos é comum. Funções operacionais e repetitivas estão sendo automatizadas em diversos setores, o que gera a impressão de que funções serão eliminadas. No entanto, o avanço dessas tecnologias também abre novos espaços de atuação. Um relatório do Fórum Econômico Mundial (2020) aponta que, até 2025, quase 100 milhões de novas ocupações devam surgir em áreas ligadas à automação, ciência de dados e novas tecnologias.

Além disso, a IA vem sendo utilizada para otimizar processos nas empresas, permitindo com que os trabalhadores se concentrem em atividades que demandam mais análise e estratégia. Por exemplo, na área da Saúde, a IA tem auxiliado médicos a analisar exames e grandes volumes de dados com mais rapidez. Essa colaboração não substitui o papel do profissional, mas contribui para diagnósticos mais rápidos e assertivos. Um estudo realizado por Hinton et al. (2018) mostrou que a IA pode identificar doenças com maior precisão do que através dos métodos convencionais.

Na esfera pessoal, a IA já está presente em muitas atividades cotidianas. Assistentes virtuais, como Siri e Alexa, exemplificam a forma como essa tecnologia pode ser utilizada para organizar compromissos, buscar informações ou controlar dispositivos eletrônicos em casa. Esses sistemas utilizam dados do usuário para aprender e ajustar as suas respostas, facilitando interações mais práticas e rápidas.

Outro exemplo de IA na vida pessoal é o uso de dispositivos como relógios inteligentes e aplicativos de Saúde, que monitoram atividades físicas e oferecem feedback personalizado. Esse monitoramento pode contribuir para a prevenção e para o desenvolvimento de hábitos mais saudáveis. Segundo a McKinsey & Company (2022), a IA tem potencial para influenciar positivamente a expectativa de vida, à medida que personaliza tratamentos médicos e melhora a qualidade do cuidado.

No que diz respeito à interação entre humanos e máquinas, é importante notar que a IA atua como uma ferramenta de suporte e não como uma substituta. No setor jurídico, por exemplo, a IA é usada para revisar documentos e contratos em grande escala, mas a análise crítica e as decisões finais continuam sendo de responsabilidade dos advogados.

De acordo com Brynjolfsson e McAfee (2014), a digitalização permite que as pessoas realizem mais tarefas de forma eficiente, superando limitações anteriores e abrindo espaço para inovações.

Portanto, a IA não deve ser vista como uma ameaça, mas sim como uma aliada que amplia as possibilidades humanas. Os desafios da implementação dessa tecnologia são reais, mas os benefícios de sua aplicação consciente e ética podem resultar em ganhos significativos tanto no trabalho quanto na vida pessoal.

Marcia Exposito, Advogada, Especialista em Proteção de Dados, Sócia no BPrivacy, Co-founder da B-IA.07

Christianne Pimenta, Especialista em Inteligência Artificial e Gestão Estratégica, Mestranda em planejamento e desenvolvimento, professora e instrutora de cursos sobre IA, inovação e gestão, Chief Innovation Officer na B-IA.07

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