A inovação tem sido uma força que impulsiona a civilização, moldando não apenas o desenvolvimento de tecnologias, mas também a forma como trabalhamos e nos relacionamos. A capacidade humana de buscar soluções criativas reflete uma incessante busca por melhorias em todos os aspectos da vida.
O esforço humano constantemente traz disrupções tecnológicas, como a inteligência artificial, que atualmente está transformando o mercado de trabalho. Assim, organizações e indivíduos precisam adaptar-se a essa nova realidade, em que habilidades como pensamento crítico não são apenas desejáveis, mas essenciais para navegar com sucesso neste cenário.
Inovação: a marca da criatividade humana
Desde os primórdios da civilização, os seres humanos têm buscado soluções criativas para os desafios do cotidiano. Da invenção da roda ao desenvolvimento de computadores, a capacidade de inovar é uma característica intrínseca à natureza humana, movida pela curiosidade e para resolver problemas. Essa busca incessante por melhorias não se limita a produtos e serviços, mas também se estende a processos e métodos de trabalho.
A inovação, portanto, não é apenas um fenômeno tecnológico, é uma mudança de mentalidade que afeta toda a sociedade. Então, como ela afeta o mercado de trabalho?
Mercado de trabalho em transformação
O fordismo, implementado na indústria automobilística no início do século XX, revolucionou a produção em massa, mas também definiu um modelo de trabalho que limitava a participação ativa dos trabalhadores. Nesse sistema, os operários eram responsáveis por tarefas específicas e repetitivas, sem espaço para questionamentos ou inovações pessoais.
A eficiência era priorizada, mas isso resultava em uma força de trabalho focada apenas em executar o trabalho que lhes era designado, sem realizar muitas inovações.
Por outro lado, graças às pessoas que não pararam de questionar como a sociedade poderia evoluir e se esforçaram para criar novas ferramentas, estamos vivendo a transformação do mercado de trabalho com a ascensão da tecnologia e, principalmente, da inteligência artificial.
Um estudo do McKinsey Global Institute prevê que, até 2030, cerca de 375 milhões de trabalhadores em todo o mundo precisarão mudar de ocupação ou adquirir novas habilidades devido à automação e digitalização.
A IA vai automatizar cada vez mais as tarefas repetitivas e, por isso, o papel dos humanos se torna mais importante, principalmente para a interpretação de dados, na tomada de decisões e na geração de novas ideias. Atualmente, os profissionais são incentivados a adotar uma postura mais estratégica.
De acordo com o relatório do World Economic Forum, o pensamento crítico será uma das habilidades mais importantes para o sucesso no mercado de trabalho até 2025.
É preciso ter discernimento para analisar criticamente as atividades e os resultados que as ferramentas apresentam. Também, é importante avaliar as consequências e implicações do uso de cada uma delas.
A nova era da inovação
Não só as organizações, como a sociedade como um todo, precisa de pensadores e estrategistas. Ao longo do tempo, antigas profissões deixarão de existir e novas funções aparecerão, algo que já tem acontecido sempre que uma nova tecnologia transforma o mercado.
A evolução da inteligência artificial e das ferramentas não vai parar e, cada vez mais, será necessário contar com profissionais que saibam pensar fora da caixa para resolver problemas e criar novas soluções. A inovação é a chave, e aqueles que têm criatividade e pensamento crítico serão os protagonistas dessa nova era.
Ana Clara Corneau Soares, technology evangelist na ManageEngine.