O Brasil continua à frente dos países latino-americanos na área de terceirização de impressão. O mercado permanece aquecido, tanto que, neste ano, deverá alcançar uma taxa de crescimento de 13%, contabilizando um total de 14 bilhões de páginas impressas. Em 2007, o país cresceu 16% em outsourcing de impressão e imprimiu 11 bilhões de páginas.
Os dados constam do estudo "Latin America Printing Outsourcing 2008", da IDC, o qual aponta que o Brasil responde por quase 60% desse mercado na América Latina, seguido pelo México.
De acordo com Luciano Crippa, analista da IDC responsável pelo estudo, o grande destaque do ano no mercado brasileiro foi justamente a entrada desse serviço no segmento das pequenas e médias empresas, que já respondem por aproximadamente 23% do movimento nessa área. "Isso fez com que os canais que antes atuavam apenas na comercialização simples dos produtos, passassem a oferecer essa modalidade de serviço, experimentando grande expansão no atendimento da demanda proveniente do chamado small and medium business (SMB)", esclarece.
Segundo Crippa, as grandes empresas já utilizam amplamente o outsourcing de impressão. Algumas, inclusive, estão partindo para uma segunda etapa, mais madura, que busca a terceirização dos processos de negócios (BPO), mas a maioria dos contratos fechados ainda visa redução de custos, o grande impulsionador do crescimento desse serviço.
Hoje, os segmentos de manufatura e finanças ainda detêm boa parte da demanda do outsourcing de impressão, mas – de acordo com o analista da IDC – o governo representa uma grande oportunidade de venda nessa área. "Esse segmento se posiciona entre os quatro maiores investidores em tecnologia no Brasil, mas ainda conta com poucas iniciativas na contratação de serviços de TI. O que se espera, a partir de 2009, é que o governo concretize investimentos nessa área", diz Crippa.
Para o analista da IDC, "o mercado de terceirização de impressão deveria crescer um pouco mais neste ano". "No entanto, com a crise econômica mundial algumas empresas estão postergando a negociação dos contratos para o próximo ano. Ainda assim, as prestadoras de serviço fecharão o ano de forma positiva, mas um pouco abaixo do esperado", concluiu.
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