Abrir sites para os usuários traz custos ocultos, mostra Turner

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"Os custos ocultos dos sites sociais". Este foi o tema da apresentação de Ron Surfield, diretor de eMarketing da Turner dos EUA, na manhã desta terça-feira, 17, no Web2Expo, que acontece em Nova York.
Por sites sociais ele não se referia ao Twitter ou ao Facebook, mas aos sites corporativos, como os que a Turner administra (CNN.com, por exemplo), que decidem abrir suas portas para a colaboração dos usuários.
"Todo o mundo acha que esse conteúdo (dos usuários) é gratuito, mas não é", explicou Surfield. Ele diz que há vantagens em um site tornar-se "social", mas que isso não vem de graça.
"Há custos de software, como filtros anti-spam, custos de moderadores, para evitar discussões muito acaloradas ou que fujam demais dos tópicos, custos de armazenamento e banda etc".
Ele conta que contratar um moderador nos EUA (com alguma formação editorial) custa de US$ 30 mil a US$ 60 mil por ano. "Uma equipe destas pode custar meio milhão de dólares ao ano. É melhor investir nisso ou em mais jornalistas? É uma pergunta que temos que fazer", colocou Surfield.
Receitas
Por outro lado, ele aponta que o conteúdo gerado pelo usuário pode ser também lucrativo, pois aumenta o engajamento dos leitores e o tráfego no site. "Podemos colocar anúncios nos e-mails de notificação, criar novos formatos para colcar publicidade em cima destes conteúdos", diz.
Mas para isso acontecer, lembra, os custos devem ser controlado, e deve-se cuidar para que a identidade da marca não sofra e não haja perda de outros usuários, mais antigos.

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