Outsourcing ajuda a disseminar a virtualização

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André Vilela*

Guarde bem estes dois novos termos do mundo da tecnologia da informação. Um chama-se virtualização e o outro, orquestração. Muito ainda será falado sobre eles. A alta demanda do mercado de tecnologia por serviços e produtos de outsourcing tem ajudado a torná-los cada vez mais conhecidos. E há motivos de sobra para isso.

É curioso perceber como várias tecnologias, que estão sempre à nossa volta, não encontram aplicação prática no curto prazo, com resultado medido e palpável. E, de repente, se tornam a solução para alguns problemas do dia-a-dia das empresas. Esse é o caso da virtualização.

Virtualização é um termo usado em sistemas de grande porte há algumas décadas, mas nunca foi efetivamente adotado em plataforma baixa. No mercado de tecnologia da informação, há até bem pouco tempo, se praticava o conceito de que para cada nova aplicação era preciso comprar um novo servidor. Porém, a prática acabou por provocar uma superlotação nos data centers, um número excessivo de servidores para ser gerenciados, custo altíssimo de suporte, energia, espaço e licenciamento, entre outros percalços.

Para esse ?caos informático?, a virtualização tem sido atualmente a melhor solução. As aplicações de plataforma baixa demandam, na maioria das vezes, a implementação de sua própria versão de sistema operacional, o que significa seu próprio servidor. O papel da virtualização é criar servidores virtuais dentro de servidores físicos (hardware), de tal forma que um mesmo servidor físico possa conter dezenas de servidores virtuais, aproveitando-se ao máximo o potencial de processamento destes.

Nesse cenário, já foram desenvolvidos servidores cuja arquitetura oferece a confiabilidade dos mainframes e que funcionam como poderosos ?virtualizadores?. O poder destes equipamentos pode ser medido, por exemplo, pela capacidade de um modelo intermediário, que, com apenas 16 processadores, pode conter até 128 servidores virtuais.

Não se pretende aqui explorar em detalhes o tema, mas não se pode deixar de mencionar o passo seguinte. Agora é a vez também da orquestração. O termo lembra o quê? Orquestra, correto? Pois é isso mesmo: o software nesse campo gerencia o conjunto de servidores para que todos toquem a mesma música. Neste caso, os negócios da empresa.

Não existe servidor rápido ou lento ? aliás, do jeito que caminha a evolução tecnológica, processar dados rapidamente tem sido cada vez menos um diferencial, já que todos fazem isso. O processamento dos negócios da empresa depende agora da operação em sintonia. É isso que faz o software: providencia para que os servidores passem recursos de um para outro de tal forma que as aplicações atendam a demanda dos negócios a cada minuto do dia.

Tanto a virtualização quanto a orquestração vieram para suprir as demandas do mercado de TI, agora com aplicação prática e racional. Os dois itens, finalmente, impulsionarão a infra-estrutura de tecnologia do estágio básico para o orientado a negócios, com flexibilidade, mobilidade, adaptação e interface imediata. As empresas só tendem a registrar ganhos significativos com isso.

*André Vilela é diretor de programa de marketing da área de sistemas e tecnologia da Unisys para a América Latina

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