Dinâmico, o comércio eletrônico oferece, além da venda de todos os tipos produtos, diversas categorias de serviços. Um que está cada vez mais em alta é o de aulas online. Segundo o Censo EaD (Ensino a Distância), mais de 3 milhões de alunos estão matriculados em cursos livres e mais de 1,4 milhão em cursos corporativos.
Os números da Edools, plataforma de ensino a distância para empresas e profissionais, corroboram. Dentre julho e novembro, a empresa, contabilizou mais de R$ 6 milhões em transações de escolas online parceiras.
A plataforma monitorou as transações de mais de 50 e-commerces mês a mês, de julho a novembro. O maior movimento foi registrado em novembro e ultrapassou o valor de R$ 1,9 milhão.
Em comparação com outubro, houve um aumento de 46%. A Black Friday foi um fator que influenciou a diferença de quantias. Os internautas adiaram a compra dos cursos online para aproveitarem os descontos da data.
No decorrer dos meses, os valores variaram de R$ 866 mil a R$ 1,9 milhão. Ainda de acordo com o levantamento, as aulas que mais se destacam são: cursos para alavancar a carreira no mercado financeiro, educação executiva e preparatórios para concursos públicos.
"Os números mostram como a tecnologia se integrou ao mundo das vendas e da educação. Futuramente, ter uma plataforma online pode virar uma estratégia obrigatória para as escolas", comenta Rafael Carvalho, CEO e co-fundador da Edools. O ensino tradicional, acompanhado de lousa e giz, começou a ser reinventado pelas tecnologias de comunicação e de informação.
Os primeiros ambientes virtuais de aprendizagem surgiram por volta de 1997 e, desde então, o ensino a distância conquista cada vez mais espaço.
Hoje, o Brasil é líder em número de internautas na América Latina, segundo uma pesquisa feita pela Statista. Para Rafael, a inclusão digital foi um fator determinante para a expansão do modelo EaD. "Circunstâncias sociais, econômicas e tecnológicas resultaram nisso tudo. O que vemos hoje é o começo de uma transição profunda na maneira de vender, comprar e aprender", comenta.