"As pessoas esquecerão o que você disse, as pessoas esquecerão o que você fez, mas nunca esquecerão como você as fez sentir". Esta profunda observação de Maya Angelou, renomada escritora e ativista, transcende o âmbito pessoal e encontra uma ressonância poderosa no mundo corporativo atual. Em um cenário empresarial em constante evolução, onde a retenção de talentos e o engajamento dos colaboradores são cruciais, emerge um conceito transformador: a liderança generosa.
Em essência, esse modelo de gestão, alinhado com as melhores práticas de recursos humanos, propõe uma abordagem centrada no impacto emocional positivo que os líderes exercem sobre suas equipes. O ponto focal da liderança generosa reside precisamente no princípio articulado por Angelou – criar experiências profissionais significativas, que deixam uma marca indelével nos colaboradores.
Líderes que buscam esse caminho precisam estar atentos a, por exemplo, ouvir atentamente seus colaboradores, além de apoiar seu desenvolvimento e reconhecer seus esforços por meio de uma comunicação transparente e objetiva. Outros pontos relevantes para uma atuação generosa são:
- Empoderamento e Delegação: Ao confiar responsabilidades, você não apenas distribui tarefas, mas também fortalece a autonomia e a confiança na equipe, promovendo um senso de responsabilidade e engajamento;
- Fomento a Colaboração e o Trabalho em Equipe: Criar um ambiente onde a troca de ideias é incentivada faz com que os colaboradores se sintam parte integral do sucesso organizacional e facilitando a solução conjunta de problemas;
- Empatia e Solidariedade: Demonstrar compreensão genuína face aos desafios pessoais e profissionais dos colaboradores cria um vínculo emocional duradouro;
- Promoção do Bem-Estar no Trabalho: Uma liderança generosa também deve cuidar do bem-estar emocional e físico dos colaboradores. Promover um ambiente de trabalho saudável, equilibrado e inclusivo é essencial para criar um espaço onde as pessoas se sintam seguras e motivadas;
- Cultivo do Senso de Comunidade: Fomentar um ambiente onde todos se sintam parte de algo maior é essencial. Incentivar o apoio mútuo, criar eventos de integração ou promover ações de voluntariado pode aumentar o engajamento e o senso de pertencimento.
Como você pode perceber, essas habilidades podem extrapolar fronteiras e transformar nosso dia a dia em vários aspectos. Assim como Angelou, sou um entusiasta de que todos têm algo a ensinar e algo a aprender, na potência da troca e do aprendizado mútuos.
Com isso em mente, um líder generoso é aquele que reconhece que não possui todas as respostas e que está disposto a aprender com sua equipe, ouvindo atentamente e buscando, sempre que possível, o melhor para todos. A humildade de aprender com os outros é uma característica fundamental de uma liderança empática e generosa.
É esse tipo de gestão que gostaria de ver emergir em 2025. Que o próximo ano seja marcado por lideranças que inspirem, motivem e, acima de tudo, deixem uma impressão emocional positiva em suas equipes. Como Maya Angelou sabiamente nos lembra, o que verdadeiramente perdura são os sentimentos que despertamos nos outros. No mundo corporativo, assim como na vida, são essas conexões genuínas que verdadeiramente impulsionam o sucesso sustentável e criam um legado duradouro.
Quem sabe possamos ser pessoas melhores, com e sem crachá!
Washington Botelho, Presidente da JLL Work Dynamics para a América Latina.