UE volta a acusar Microsoft de práticas anticompetitivas

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A Comissão Européia, braço executivo da União Européia, abriu nesta segunda-feira, 19, uma nova investigação antitrustre contra a Microsoft, para avaliar se a inclusão do seu navegador, o Internet Explore, no sistema operacional Windows dificultou o funcionamento de softwares rivais.
O processo é semelhante ao que o governo americano moveu contra a gigante do software, em meados da década de 1990, por incluir o Explorer, na época na versão 4.0, no Windows, impedindo que o navegador de sua concorrente Netscape, o Navigator, ganhasse mercado. Na época, a acusação era de que a Microsoft havia ameaçado os fabricantes de computadores de tirar a licença do Windows, caso permitissem a instalação do navegador em seus PCs.
Se a nova investida for bem-sucedida, os usuários europeus de internet poderão utilizar o navegador mais conveniente, além do Internet Explorer.
Assim como ocorreu na época da guerra dos browsers, aproximadamente de 1995 a 1999, os navegadores voltaram a ser o foco na luta pelo domínio na web, tendo em vista que eles têm a capacidade de direcionar os usuários para os seus próprios serviços on-line. Além disso, com as aplicações de software cada vez mais baseadas em ambos ambientes – no mundo on-line e em PCs –, o navegador tem sido visto como peça estratégica dos fabricantes de software.
A queixa dos órgãos reguladores da União Européia foi enviada para a Microsoft na quinta-feira, 15. A Comissão Européia afirmou que sua conclusão preliminar é que a "agregação" do Internet Explorer no Windows "prejudicou a concorrência, minou a inovação dos produtos e reduziu, em última instância, a escolha do consumidor".
As acusações foram motivadas por causa de uma reclamação da fabricante de software norueguesa, a Opera, produtora do navegador de mesmo nome, que se aproveitou uma decisão da Comissão Européia contra a Microsoft em 2007 para formalizar uma queixa contra a empresa. O Tribunal Europeu de Primeira Instância se pronunciou contra a prática da Microsoft de "amarrar" o seu software com o Windows Media Player, sentença que abriu caminho para ações semelhantes de outros fabricantes de software.
Se a decisão for mesmo pra valer, não é só a Microsoft que deverá ter problemas com a Comissão Européia. Em novembro do ano passado, o Google anunciou que planeja firmar acordos com fabricantes de PCs para a venda do Chrome pré-instalado a partir deste ano, quando o navegador tiver sua primeira versão oficial lançada (veja mais informações em "links relacionados" abaixo). Se isso se confirmar, a companhia pode ser a bola da vez. Com informações do Financial Times.

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