A Polícia Federal do Rio de Janeiro informou que até agora as investigações sobre o desaparecimento de computadores contendo informações sigilosas da Petrobras apontam para espionagem industrial.
De acordo com o superintendente da PF no estado, Valdinho Jacinto Caetano, foram violados apenas um dos cinco computadores portáteis e dois discos rígidos. ?Havia basicamente material de escritório e alguns laptops [dentro do contêiner], e se privilegiou o roubo destes, o que nos leva a descartar a hipótese de crime comum. Até porque, em um roubo comum se leva o computador inteiro para utilização posterior e não o disco rígido. Quem procura o HD procura informações nele contidas.?
O delegado não deu detalhes sobre a investigação, que segundo ele começou no ultimo dia 1º, ?uma sexta-feira de carnaval?, tão logo a Polícia Federal recebeu a denúncia de um dos diretores da Petrobtras.
Na segunda-feira (18/2), a PF ouviu nove pessoas e ainda restam 15 a ser interrogadas. Os investigadores também pretendem refazer o caminho percorrido pelo caminhão que transportava o contêiner com os equipamentos eletrônicos do Porto de Santos, no litoral de São Paulo, a Macaé, no interior do Rio de Janeiro. Para essa função, a superintendência da PF conta com o auxílio de um delegado destacado de Brasília, que acompanhará a delegada Carla Dolinski, responsável pelo caso.
No mesmo dia, o ministro da Justiça, Tarso Gerno, se reuniu com auxiliares em Brasília para tentar definir e agilizar a apuração do furto. Em nota, o Ministério da Justiça informa que após reunião na sede da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), ficou definida a colaboração com a Polícia Federal na investigação do furto de equipamentos de um contêiner contratado para transporte pela Petrobras.
Também foi determinado que a direção da PF "credencie um responsável para informar a imprensa a respeito do andamento dos trabalhos, nos precisos limites em que tais elementos não prejudiquem as informações e mantenham informada a sociedade brasileira".
As investigações, ainda de acordo com o Ministério da Justiça, "já estão em andamento e, independentemente da motivação do crime, revestem-se de importância em função da possível fragilidade do sistema de segurança para o transporte de informações reservadas, que o episódio evidenciou".
Com informações da Agência Brasil.