A conquista de 14 novos clientes em 2013, inclusive na área pública, e a conclusão dos projetos em andamento propocionaram um crescimento da ordem de 28% para a SAS Brasil. Aliado a isso, a solução de visualização de dados Virtual Analytics, lançada no ano passado, teve forte aceitação no mercado, segundo a empresa. "Esse desempenho gerou um lucro consistente para a subsidiária, mesmo após o envio de 50% dele em forma de royalties para a matriz", comemora Márcio Dobal, presidente da SAS Brasil e Cone Sul, sem, no entanto revelar números, já que a empresa é de capital fechado. O único número disponível é o faturamento global da ordem de US$ 3 bilhões no ano passado.
O executivo diz que o desempenho também foi acompanhado pelas demais subsidiárias da região, Argentina, Chile e Peru, que, juntas com o Brasil, registraram crescimento de 32% na receita com software e de 10%, com serviços de consultoria. "Com esse desempenho a subsidiária ficou bem acima dos resultados das demais filias do grupo nos países que compõem os BRICs ( Brasil, Rússia, Índia e China) e a 7ª no ranking global, superada pelos EUA, Reino Unido, Alemanha, Itália, Canadá e França. No ano anterior, éramos a 10ª colocada", explica Dobal.
Dentre os novos clientes relacionados, o executivo cita o Ministério de Justiça, que adotou uma solução de rastreamento de "lavagem de dinheiro", e a Dataprev, que adquiriu um sistema de gerenciamento de dados. Conhecida como empresa de soluções de business analytics, a SAS vem conquistando clientes no setor de prevenção a fraude, como a Unimed e o Banco Santander no Brasil, que fechou contrato de relevância para a subsidiária, pois foi um dos 20 maiores negócios realizados pela empresa no mundo em 2013. Outros clientes mencionados são o Banco Volkswagem, Wallmart, Netshoes, Alelo, Amil e Coop.
Outra iniciativa que vem dando resultados positivos, segundo Dobal, é a proposta para que as empresas façam a modernização do ambiente tecnológico usando uma plataforma em grid, o que permite a adoção de servidores de baixo custo para expansão do sistema. "O próprio Santander, a Vivo e a Sul América são organizações que se alinharam a essa iniciativa", diz.
A aposta da SAS para o futuro é fornecer software para o mercado de cloud computing, já que as empresas desejam fazer simulação e teste de conceito usando a plataforma Hadoop com a base de dados real, como já vem acontecendo de forma embrionária em instituições financeiras como Bradesco, Banco Itaú e Banco do Brasil.
Em duas semanas a empresa também deve anunciar que pela primeira irá nomear três revendas no país para testar o modelo de venda indireta. "Duas delas têm expertise em governo e outra no mercado em geral", disse Dobal, sem, no entanto, revelar o nome das empresas.