De tempos em tempos, surge um novo paradigma tecnológico que captura o interesse e a imaginação de líderes empresariais. A Internet e a World Wide Web, que começaram como projetos de pesquisa da área de computação distribuída, despertaram o interesse das empresas assim que o seu potencial para o comércio eletrônico ficou evidente. Atualmente, uma fração cada vez maior da economia mundial gira em torno da web. A tecnologia dos aparelhos celulares é outro exemplo. No início, visava apenas as comunicações de voz, mas hoje proporciona benefícios quantificáveis às empresas, como maiores receitas e menores custos, ao delegar poder ao pessoal de campo que atua em vendas e serviços, ao rastrear ativos móveis, assim como ao viabilizar a transmissão de conteúdo multimídia e a crescente captura, em tempo real, de vídeo ao vivo para exibição em locais distantes.
A computação em nuvem é uma tecnologia que surgiu recentemente e que, segundo pesquisas, domina as mentes de CEOs e CIOs. Embora existam várias definições para este campo emergente, a maneira mais fácil de se pensar nela é em termos de computação sob demanda, que é paga de acordo com sua utilização. Da mesma forma que podemos chamar um táxi e pagar a corrida, reservar um quarto de hotel e pagar pelo número de estadas ou ainda acionar um botão para acender a lâmpada e pagar uma conta de eletricidade mensal, a computação em nuvem possibilita o acesso a serviços de computação em que a cobrança no fim do mês depende da quantidade dos serviços recebidos. Estes serviços podem incluir equipamentos físicos, a exemplo de computadores e dispositivos de armazenamento ou de aplicações como software usado na gestão de relações com clientes, além de ferramentas de processamento de palavras ou e-mail.
Da mesma forma como as empresas arrendam instalações, contratam funcionários temporários ou alugam carros, a possibilidade de se poder contar com uma estrutura de custos para as atividades de computação capaz de ser dosada em função das altas e baixas da demanda pode ajudar a empresa a manter seus custos alinhados com as receitas. Algumas companhias acabaram descobrindo, da forma mais difícil possível, que uma infraestrutura insuficiente para atender picos de demandas resulta em clientes insatisfeitos e má publicidade informal. Por outro lado, ter uma infraestrutura ociosa nos períodos de baixa demanda representa uma estrutura de custos capaz de reduzir a rentabilidade ou mesmo levar uma empresa à falência.
A Tecnologia da Informação (TI) torna-se cada vez mais importante em todas as áreas de uma empresa ao munir funcionários de informações, melhorando a visibilidade das cadeias de abastecimento para otimizá-las, desenvolvendo comunidades e relações com clientes, ou ainda oferecendo simplesmente mais um canal de vendas. A computação em nuvem não só contribui para reduzir o custo total da infraestrutura de TI, como também para agilizar negócios, utilizando recursos de computação flexíveis e capazes de serem expandidos.
Além disso, a computação em nuvem, fornecida por uma prestadora do porte de uma AT&T que possui uma rede global e uma infraestrutura de transmissão de serviços de TI, chega até a aprimorar a experiência do usuário final. Nestes agitados dias atuais, tem-se a impressão de que ninguém está disposto a esperar até mesmo um décimo de segundo por nada. As empresas que operam na web sabem que o cliente desistirá se o desempenho de seu website for muito lento ou se a experiência não for tão absorvente e dinâmica como aquela proporcionada pelo concorrente. Nas empresas com bases mundiais de clientes, funcionários e parceiros, a tentativa de proporcionar uma experiência bastante interativa, a partir de um único centro de dados ou país, simplesmente não funciona mais. As principais redes de lanchonetes ou cafeterias têm milhares de locais distribuídos pelo mundo, pois sabem que levar o produto até o consumidor é mais eficaz do que fazer pessoas sedentas por um café viajarem o mundo para obter o que querem. Analogamente, em vez de obrigar as interações computacionais do usuário se deslocarem até um remoto centro de dados, situado em um outro continente, as instalações em nuvem aproximam a computação do usuário. Uma pessoa que mora em Bratislava, por exemplo, pode se beneficiar da infraestrutura de computação em nuvem residente na Europa. Por outro lado, as empresas com sede na Eslováquia com aspirações globais podem prestar serviços próximos de seus usuários "alugando" uma pequena porção de capacidade de computação nos EUA e na Ásia, em vez de investir milhões de euros em centros de dados que acabam tendo uma capacidade ociosa nestas regiões.
A segurança dos dados financeiros e de clientes tornou-se mais importante do que era no passado. E o que é mais interessante, grandes prestadoras integradas de serviços de rede e de computação em nuvem, como a AT&T, podem conferir um grau extremamente elevado de segurança. Esta segurança envolve não apenas as instalações da computação em nuvem, como também as redes, a exemplo da Internet que conecta os computadores de mesa e os usuários de celulares com estas instalações. Uma grande ameaça dos dias de hoje é o chamado "botnet", que criou as condições para que milhares ou até mesmo milhões de PCs possam ser infectadas por vírus de computador. A exemplo de células dormentes de terroristas, estes PCs aparentemente se compartam de forma normal até que são ativados à distância e utilizados em ataques às infraestruturas de TI de empresas. De uma forma geral, estes botnets tentam se comunicar com os computadores da corporação, mas o volume de tráfego é tão grande que nenhum outro negócio pode realmente ocorrer. A tentativa de conduzir operações normais de TI durante um destes ataques é semelhante a uma tentativa de fazer negócio, enquanto milhares ou milhões de pessoas gritam em nossos ouvidos. Usar a rede da AT&T — que transmite perto de vinte quatrilhões (20.000.000.000.000.000) de bytes todos os dias — como a primeira linha de defesa contribui para um nível maior de segurança. A exemplo de uma linha de defesa aérea na fronteira, a rede da AT&T examina o tráfego enviado a uma empresa e garante sua validade e não um ataque. O tráfego de ataque é "abatido" muito antes que possa interromper o processamento de dados críticos às operações de uma empresa.
A computação em nuvem está tomando de assalto o mundo dos negócios, pois traz em seu bojo a promessa de menores custos, melhor experiência para o cliente e segurança mais rígida, além de funcionar bem com as demandas características de um ambiente de trabalho, desde trabalho remoto até mobilidade. Qual é o seu plano para a computação em nuvem?
Joe Weinman, vice-presidente global de estratégia e desenvolvimento de negócios da AT&T Business Solutions