O faturamento de R$ 54,7 milhões registrado em 2013 pela Arcon, empresa especializada em serviços gerenciados de segurança (MSS – Managed Security Services), confirma a reação do mercado à grande quantidade de notícias sobre violações de segurança, cada vez mais sofisticadas, e geralmente bem sucedidas, que ocorreram ao longo do último ano. O aumento dos investimentos por parte das empresas e prioridade ao tema, também vem impulsionando o crescimento da companhia, que registra uma taxa média de 43% nos últimos quatro anos.
O balanço geral de 2013 ainda engloba a reestruturação do portfólio da empresa, lançamento de um novo serviço chamado MSM (Managed Security Monitoring) e o estabelecimento de alianças com importantes fabricantes, que resultou no crescimento do EBITDA de 200% em relação a 2012 e novos clientes nos segmentos da Indústria, Serviços, Telecom e Financeiro.
"O boom de ameaças, casos de espionagem e eventos maliciosos que vieram à tona em 2013 no Brasil e no mundo fizeram com que empresas de todos os segmentos despertassem a atenção para a segurança da informação. As companhias vêm aumentando seu nível de maturidade e estão percebendo valor em terceirizar estes serviços com empresas especializadas, que monitoram e gerenciam seus ambientes, mitigam os riscos e previnem incidentes. Cenário favorável para novas oportunidades de negócios", afirma Marcelo Barcellos, CEO da Arcon.
As perspectivas para os próximos anos continuam positivas, mas ainda existe um longo caminho a ser percorrido. Estudo divulgado pela consultoria PwC confirma que os investimentos em segurança nas empresas subiu 51% em 2013, mas ainda corresponde, em média, a 4% do orçamento geral de TI. "As organizações já veem o tema segurança da informação como risco para a reputação empresarial e objetivos dos negócios, mas ainda falta orientação para as decisões de investimento", analisa Barcellos. De olho nessa demanda, a Arcon também lançou uma metodologia para avaliação do nível de maturidade da segurança de TI que permite às companhias direcionarem de forma mais assertiva os investimentos na área.
Com pretensão de faturar R$ 70 milhões em 2014 e aplicar R$ 5 milhões em P&D, a companhia também está investindo na construção de um novo SOC (Security Operations Center), na Flórida. "Ele entra em operação no segundo trimestre do ano, somando-se aos outros dois que já temos, no Rio de Janeiro e em São Paulo. A estrutura é fundamental para nosso objetivo de expansão geográfica e para a elevação da qualidade da prestação do serviço", revela Barcellos.