O Yahoo está encerrando suas operações na China, o que acarretará na demissão de 200 a 300 funcionários e no fechamento de seu centro de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em Pequim, segundo relatou uma fonte familiarizada ao assunto ao The Wall Street Journal. Os cortes representam cerca de 2% do quadro de empregados total da companhia, que tem 12,5 mil funcionários em todo o mundo.
A empresa disse que informou os funcionários sobre as demissões na quarta-feira, 18. O escritório de Pequim, única presença física do Yahoo na China continental, era composto principalmente de engenheiros e funcionava como um centro de pesquisa e desenvolvimento. "Vamos consolidar certas funções em menos escritórios, incluindo a nossa sede em Sunnyvale, Califórnia", declarou a companhia.
O Yahoo tem uma história fragmentada na China, um país onde as empresas de tecnologia dos Estados Unidos têm lutado com a censura do governo e da concorrência de rivais locais. Em 2007, o Yahoo fez um acordo judicial com as famílias de dois dissidentes chineses que foram presos após a gigante da internet fornecer informações às autoridades sobre suas atividades online. Em 2013, a empresa parou de oferecer serviços aos usuários daquele país, orientando-os a transferir suas contas para o Alimail, serviço de e-mail oferecido pelo gigante chinês Alibaba.
As demissões surgem no momento em que a CEO Marissa Mayer enfrenta forte pressão do investidor ativista Starboard Value LP e em meio a seu esforço para reduzir os custos da empresa. Em uma carta enviada a ela em setembro do ano passado, o investidor defendeu um plano para reduzir os custos em até US$ 500 milhões. Incluindo esta última rodada, o Yahoo demitiu entre 700 e 900 funcionários desde outubro de 2014, principalmente em escritórios fora dos EUA, como em Bangalore, na Índia, e no Canadá.