O mercado de business intelligence está ingressando em uma nova era. Originalmente concebidas para analisar, modelar e entregar informações que sustentam a tomada de decisões estratégicas, essa ferramenta está evoluindo para um outro conceito, denominado Intelligent Process Automation (IPA), de automatização das decisões operacionais cotidianas dentro dos processos de negócios, em resposta aos eventos onde as análises orientam os fluxos de trabalho.
A avaliação é do diretor de pesquisa de Analystics & Data Warehousing da IDC Corp., Dan Vesset, que recentemente esteve no Brasil. Segundo ele, o BI, que movimenta negócios da ordem de US$ 3,5 bilhões em nível mundial, deve ser disseminado em toda a organização e não ficar restrito à diretoria. ?BI não significa ceder, apenas, informações às pessoas, mas gerar apoio a qualquer decisão corporativa, de todos os departamentos e níveis hierárquicos?, salientou.
A implantação do BI é apontada como uma das grandes prioridades das companhias entre 2006 e 2007. Os investimentos em projetos do gênero são estimulados por vários fatores, entre eles a necessidade de utilização plena dos ativos de informações das organizações e de ser antecipar às mudanças de mercado.
A pesquisa Business Intelligence Survey, realizada pela IDC em meados do ano passado com 258 executivos de companhias norte-americanas, revela que 25% deles consideram o BI uma ferramenta indispensável para se ter o controle dos dados.
No Brasil, o crescimento do BI tem sido atribuído à demanda dos setores de finanças (que responde por 30% do total de investimentos nessas ferramentas) e de telecomunicações, que voltou a investir pesadamente no início do ano passado. Segundo o gerente de análises do Mercado de Softaware da IDC Brasil, Bruno Rossi, existe uma alta concentração de demanda nas grandes corporações e no governo.