O Google afirmou nesta segunda-feira, 19, em seu blog, que 25 dos cem países em que atua bloqueiam ao menos um de seus serviços. No comunicado, a empresa diz que o serviço de compartilhamento de vídeos YouTube, a ferramenta de processamento de textos Google Docs e a de desenvolvimento de blogs Blogger são os alvos mais frequentes de censura imposta por governos.
Rachel Whetstone, vice-presidente global de comunicações e relações internacionais do site de buscas, explica que a China é o país em que a censura é mais evidente e os ataques mais diretos, mas não é, e nem nunca foi, o único. Ela cita um levantamento feito pela ONG Open Net Initiative que aponta que o número de países onde a censura à web é praticada subiu de quatro, registrados em 2002, para 40 no fim do ano passado.
Rachel cita especificamente os casos da China e do Vietnã, em que "não há processos democráticos para que as pessoas questionem a censura" e justifica que, para não acabar envolvida em campanhas de ativismo político, a presença e a forma de atuação em cada país são muito bem estudadas pelas equipes do site. De acordo com o comunicado, o Google recebe pedidos, ameaças e mensagens para que tire conteúdos do ar todos os dias.
Segundo o levantamento da Open Net Initiative, os países em que a censura à web é mais densa são os governados por regimes ditatoriais ou extremamente autoritários, como China, Irã, Tunísia e Arábia Saudita.
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