O Hospital Nove de Julho está colhendo os frutos da opção feita há oito meses: abandonar os formulários pré-impressos – antes ainda existentes na Emergência e no Centro Médico – e inserir o módulo Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP). A mudança, implantada pela MV, empresa brasileira de sistemas de gestão de saúde, trouxe benefícios para pacientes, funcionários e, inclusive, para o meio ambiente. "Com a implementação do prontuário eletrônico, foi possível o registro de todo o processo de atendimento por médicos e enfermeiros", conta Carlos Yamashita, gerente de TI do Hospital 9 de Julho.
O hospital da capital paulista conta com 2 mil empregados, além dos 4 mil médicos associados, e atende a 14 mil pacientes por mês (sendo 8,5 mil pacientes na Emergência, 4 mil no Centro Médico e 1,5 mil internações). Mesmo com números expressivos, a unidade utilizava processos manuais para estabelecer o contato entre pacientes e o hospital. O vínculo era trabalhoso e despendia maior tempo.
Além de centralizar as informações de forma segura, Yamashita ressalta outras vantagens práticas da automatização do processo, como o apoio ao acolhimento e classificação de riscos; triagem realizada pelos profissionais do pronto-socorro para que o atendimento aos casos mais graves seja imediato; gestão de fluxos do paciente, ou seja, o controle do tempo de cada etapa no pronto-socorro. Há também nesse processo protocolos assistenciais, responsáveis por acompanhar o paciente em todo o atendimento, que podem apontar alertas de alergias e os possíveis riscos que o paciente pode ter enquanto estiver no hospital.
"Os exames prescritos no pronto-socorro ou durante a internação são enviados automaticamente para a área responsável pela realização do exame", detalha o gestor. A opção pelo meio eletrônico facilita o trabalho do médico também com o preenchimento das prescrições, resumos de altas, entre outras funções. Para dinamizar, o sistema do prontuário eletrônico permite ainda a integração com computadores de tela touch screem, "o que melhora a usabilidade tanto para médicos, quanto para as enfermeiras", assegura Yamashita.
Opção pela mudança
O gerente de TI explica também que os processos de certificação internacional, tanto para a Canadian Council for Health Services Accreditation (CCHSA), conquistada em 2010, quanto para a Joint Commission Internacional (JCI), adquirida em 2012, demandaram muito da área de tecnologia da informação para que o sistema atendesse os requisitos exigidos para melhorias da qualidade e segurança do paciente. A partir do relacionamento com a MV desde 2002, o PEP foi uma "seqüência natural", segundo ele.
A solução entrou em operação em agosto de 2011. Mas a proposta já estava em andamento há mais tempo: entre avaliação e decisão para implantação do sistema demandou cerca de seis meses. Escolhida a solução, mais oito meses foram necessários para implementação. "Houve investimento em servidores e equipamentos", conta Yamashita. No entanto, o Hospital opta por não divulgar valores.
Os consultores da MV estiveram presentes em todo o processo de integração do aplicativo, e ajudaram a equipe de TI do Hospital transmitindo os conhecimentos sobre o uso do PEP. Hoje, os usuários podem, então, contar com o suporte dos profissionais de TI do próprio Hospital.
Hoje, o hospital conta com quase a totalidade dos prontuários em meio eletrônico: são 500 usuários dentro do Hospital – entre médicos e corpo assistencial. Para 2012, as metas prioritárias para a equipe de TI do Hospital Nove de Julho é complementar a adoção do PEP com a implantação da Certificação Digital. "Futuramente também pretendemos implementar soluções de ECM (Gerenciamento Corporativo de Conteúdo), integrado ao ERP (Sistemas Integrados de Gestão Empresarial)", conclui Yamashita.